Depois de um final de semana seco, as chuvas pela manhã em Iowa fizeram soja devolver parte dos ganhos em Chicago

Publicado em 31/08/2020 17:50 e atualizado em 31/08/2020 18:32
Ginaldo de Sousa - Diretor Geral do Grupo Labhoro
Safra de soja nos EUA ainda depende de chuva para se consolidar e novos patamares de preços só serão alcançados com deterioração da oferta e evolução da demanda chinesa

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Entrevista com Ginaldo de Sousa - Diretor Geral do Grupo Labhoro sobre o Fechamento de Mercado da Soja

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O dólar subiu mais de 1% nesta segunda-feira (31) frente ao real, fechou valendo R$ 5,48 e, mais uma vez, deu espaço para novas altas para os preços da soja no mercado brasileiro. Algumas praças registraram ganhos de até 4,8%, como foi o caso de Brasília/DF, levando a cotação a R$ 130,00 por saca. 

Nos portos, os preços também se mantém firmes e seguem renovando seus recordes. Os negócios, todavia, permanecem bastante limitados e pontuais com a comercialização já muito avançada no país. 

E a disputa entre a exportação e a indústria processadora nacional continua. "As boas margens de esmagamento e os baixos estoques de matéria-prima estão fazendo com que indústrias domésticas se disponham a pagar por novos lotes de soja o equivalente aos valores do produto nos portos. Essa é uma ação que tem levado vendedores consultados pelo Cepea a optar, em alguns casos, por ofertar o grão no mercado interno em detrimento do externo", afirmam os pesquisadores do Cepea. 

Ainda segundo os especialistas, foi essa disputa que promoveu igualdade entre os preços da soja no interior e nos portos brasileiros. "Essa igualdade entre os valores no interior e no porto é um fato inédito, considerando-se a série do Cepea", explicam. 

BOLSA DE CHICAGO

Na Bolsa de Chicago, as cotações iniciaram o dia com ganhos de mais de 10 pontos entre os principais contratos e batendo suas máximas em mais de dois anos. No entanto, o mercado foi amenizando suas altas e encerrou o dia com pequenas altas de pouco mais de 3 pontos nos principais vencimentos. 

Assim, o vencimento novembro fechou o pregão valendo US$ 9,53 e o março/2021 com US$ 9,59. Nas posições mais distantes, as cotações superam os US$ 9,60. 

O clima nos EUA permanece no centro das atenções. Segundo explicou o diretor do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa, as chuvas registradas na manhã desta segunda-feira em Iowa deram espaço para o ajuste do mercado, depois de um final de semana bastante seco. Além disso, explica ainda que para que o mercado consolide novos patamares de preços é necessário que os traders conheçam o tamanho da deterioração da oferta americana. 

Mais do que isso, afirma que para que estes níveis mais altos sejam alcançados é importante também que a evolução da demanda chinesa no mercado norte-americano continue acontecendo.

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Por:
Aleksander Horta e Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Vilson Ambrozi Chapadinha - MA

    Com o La Niña na América do Sul, conjugado com o continuo aumento no consumo (devido aos bons preços das carnes no mundo), e a volta dos fundos às commodities para se defenderem da inflação.... olha a soja a 12 dólares aí... outra vez.

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