Soja em Chicago tem dia de muita volatilidade e apesar da redução de área plantada nos EUA, cotações encerram no vermelho

Publicado em 30/06/2022 17:36 e atualizado em 30/06/2022 18:24
Ginaldo de Sousa - Diretor Geral do Grupo Labhoro
Após divulgação dos relatórios do USDA, mercado deve se focar no clima americano que vai determinar o potencial produtivo da safra por lá

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As cotações da soja em Chicago tiveram muita volatilidade e apesar da redução de área plantada nos EUA, os preços encerraram no vermelho

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A sessão desta quinta-feira (30) assumiu forte volatilidade para os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago na sequência da divulgação dos dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), em especial os de área de plantada nos EUA. Os preços subiram forte, porém, logo passaram para o lado negativo da tabela. 

E assim, os negócios na CBOT se concluíram com baixas de 11 a 20,25 pontos nos contratos mais negociados, com o agosto valendo US$ 15,60 e o novembro, US$ 14,28 por bushel. "Quando olhamos para a acreagem tivemos uma grande surpresa", afirmou o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo de Sousa. "O relatório foi altista para a soja, baixista para milho e trigo. Mas, a soja fechou em queda depois de um movimento grande de recuperação", completa. 

A área de soja foi estimada em 35,74 milhões de hectares, menor do que o número de março de 36,81 milhões de hectares. A média esperada pelo mercado era de 36,60, em um intervalo de 35,91 a 37,38 milhões de hectares. 

Para o milho, o USDA estima uma área plantada de 36,39 milhões de hectares, acima do reportado há três meses para o cereal, de 36,22 milhões de hectares. O intervalo em que o mercado apostava era de 35,78 a 36,83 milhões de hectares e a média é de 36,37 milhões. 

Passada a divulgação dos dados de área, que vinham sendo muito aguardados, o mercado deverá se voltar ao clima no Meio-Oeste americano, que é decisivo para a definição do potencial produtivo no país neste mês de julho que se inicia nesta sexta-feira. E com o feriado do Dia da Independência nos EUA na segunda-feira, 4 de julho, o mercado pode ficar ainda mais na defensiva, ainda segundo Sousa. 

"Olhando para os mapas deste momento, os próximos sete dias serão de chuvas muitíssimo abaixo do normal, e abaixo do que o solo precisa. E julho, certamente, será um mês de temperaturas mais altas", alerta o diretor da Labhoro, dizendo ainda que o mercado espera também ansioso, portanto, pelos boletins semanais de acompanhamento de safras do USDA. 

Na outra ponta, a demanda está sendo de perto monitorada, principalmente em um cenário de recessão e preocupações fortes sobre o rumo da economia global no atual cenário. O consumo chinês é o mais preocupante. 

MERCADO BRASILEIRO

Com toda essa volatilidade e apesar de novas altas do dólar frente ao real, a quinta-feira de escassos negócios com a soja no mercado brasileiro. Ainda como relata o executivo, os preços nos portos seguiam orbitando entre R$ 195,00 e R$ 196,00 por saca, porém, sem atrair os vendedores. 

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Por:
Aleksander Horta e Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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