Soja: Pior parte do movimento negativo nos preços brasileiros parece ter ficado pra trás, acredita analista

Publicado em 24/05/2023 16:50 e atualizado em 24/05/2023 17:55
Luiz Fernando Gutierrez Roque - Analista da Consultoria Safras & Mercado
À espera de novidades, mercado da soja fecha estável em Chicago nesta 4ª

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À espera de novidades, mercado da soja fecha estável em Chicago nesta 4ª

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"A pior parte do movimento negativo nos preços brasileiros parece que já foi. Obviamente temos ainda algum espaço para um ajuste negativo, mas aquele grande ajuste que vimos de fevereiro a abril não deve se repetir e eu entendo que podemos ter algumas oportunidades daqui pra frente", afirmou o analista da Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez, em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta quarta-feira (24).

O especialista explica que tais oportunidades deverão ser mais escassas nesta temporada, o que exige do produtor brasileiro atenção redobrada. E o momento - que é específico para o volume restante para ainda ser comercializado da safra 2022/23 - é retrato do escoamento já feito de uma boa parte da produção, da superação de alguns problemas logísticos, e por uma oferta dispnível cada vez menor. 

"Não quer dizer que tenhamos problemas de oferta, ainda temos muita oferta disponível, foi isso que pressionou os preços ao longo destes primeiros meses do ano, devemos continuar com oferta grande ao longo ano, devemos acabar o ano com estoques bem elevados, acima do ano passado, mas na medida em que vamos avançando pelo ano devemos ter menos oferta disponível, os prêmios acabam tendo menos pressão, inclusive já temos prêmios para agosto e setembro positivos, com quase 100 pontos positivos no setembro", afirma Gutierrez. 

Os prêmios têm se recuperado no mercado nacional em um movimento já esperado pelo mercado, depois de terem testado mínimas em mais de 20 anos, e a tendência é de que essa recuperação sazonal continue se intensificando. As exportações que são estimadas recordes, superando as 90 milhões de toneladas de soja neste ano, deverão ser o principal combustível para esta retomada. 

"Os lineups estão cheios, estamos conseguindo escoar bem a safra. Mas, claro, temos que sempre olhar a China. Tivemos alguns atrasos de recebimento na China recentemente, mas que na verdade só jogam um pouco para frente os embarques brasileiros, então não vejo nenhum problema que possa afetar a recuperação dos prêmios daqui pra frente", complementa o analista. 

Neste ambiente, Gutierrez orienta que o produtor vá, aos poucos, participando do mercado, evitando novas surpresas, em especial no câmbio e no movimento dos preços na Bolsa de Chicago, evitando segurar muito volume para especular com a safra americana, que pode não ser uma boa estratégia neste momento. 

BOLSA DE CHICAGO

Na Bolsa de Chicago, os futuros da soja fecharam o dia com estabilidade, o julho subindo 2 pontos, para fechar o dia com US$ 13,25, enquanto o novembro cedeu 2,75 pontos para concluir a sessão com US$ 11,85 por bushel. 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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