Em Guariba (SP) apenas fornecedores de usinas menores conseguirão atrasar safra à espera de recuperação da cana

Publicado em 16/01/2019 10:44
Bruno Rangel - Presidente da Socicana
Socaria é a mais prejudicada pelo tempo quente e quase sem chuvas desde dezembro, pois já vinha prejudicada pela seca do ano passado e as chuvas de setembro até novembro não haviam sido suficientes. Maioria dos fornecedores não têm como esticar colheita para final de abril, começo de maio, pois as usinas grandes das região precisam da cana contratada já na abertura da safra.

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Entrevista com Bruno Rangel - Presidente da Socicana sobre a cana no centro paulista

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No município de Guariba/SP, as usinas de porte menores conseguiram atrasar a safra de cana-de-açúcar em função das condições climáticas que comprometeu a produtividade dos canaviais. No entanto, ainda não tem um levantamento preciso dos percentuais das perdas de rentabilidade.

Segundo o presidente da Socicana, Bruno Rangel, os produtores rurais não conseguiram fazer o controle de pragas na safra passada de forma eficiente por conta do tempo seco e acabou prejudicando a soqueira. “No ano passado, alguns produtores chegaram a ter perdas de 28% na produtividade e esse cenário de seca e aumento de pragas fez com que a soqueira ficasse comprometida”, afirma.

Para esta temporada, as perspectivas de rentabilidade estão muito próximas do ano passado. “Ninguém está acreditando que vai melhorar e que vamos ter um pouco mais de material. Porém, precisamos trabalhar com a mesma expectativa e quantidade de cana que o último ano”, relata.

A liderança salienta que o verão é o período mais importante para o desenvolvimento da cultura. “Nós estamos com bastante fé no verão para que as chuvas sejam suficientes e a cana atinja o melhor ponto de desenvolvimento. Então, precisamos esperar ver como o clima vai se comportar”, comenta.

Outro fator que preocupa a associação é o aumento populacional da cigarrinha por conta das precipitações durante os meses de agosto até novembro. “Já estamos com a soqueira debilitada e esse aumento das pragas vai prejudicar ainda mais. Os produtores estão fazendo o controle e realizando as aplicações necessárias, porém é um controle que não chega aos 100%”, destaca.

Com relação à cana de 18 meses, Rangel aponta que a maioria dos casos o plantio foi realizado em fevereiro e tem muitas áreas que o cultivo não ficou bom. “Outros agricultores não realizaram a semeadura por falta de chuvas e as plantas que foram cultivadas não se desenvolveram direito, tendo em vista que isso vai acarretar uma perda de produção na cana planta”, ressalta.

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Por:
Giovanni Lorenzon e Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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