Açúcar: Bolsa de NY fecha próxima da estabilidade nesta 3ª feira, mas clima seguirá direcionando cotações

Publicado em 18/07/2023 16:30
Marcelo Di Bonifacio Filho - Analista em Inteligência de Mercado da StoneX 
Preços futuros do adoçante nas bolsas de Nova York e Londres testaram valorização expressiva nos últimos dias e agora se acomodam. O clima em importantes origens, como Índia e Tailândia, seguirá no radar dos operadores, principalmente por conta do El Niño
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Açúcar: Bolsa de NY fecha próxima da estabilidade nesta 3ª feira, mas clima seguirá direcionando cotações

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As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (18) com alta leve na Bolsa de Nova York e preços mistos em Londres. O mercado do adoçante teve um dia de acomodação ante os últimos dias, mas segue acompanhando dados das origens e as oscilações do financeiro.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 0,25% no dia, a 23,86 cents/lb, com máxima em 24,06 cents/lb e mínima de 23,59 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato caiu 0,49%, negociado a US$ 666,10 a tonelada.

"Nos últimos dias, até semanas, o açúcar esteve bem tensionado. Houve uma força altista mesmo com o mercado com poucas novidades, mas foco no clima", destacou em entrevista ao Notícias Agrícolas Marcelo Di Bonifacio Filho, analista em inteligência de mercado da consultoria StoneX.

Mesmo com o avanço da safra 2023/24 positiva no Centro-Sul do Brasil, o que teoricamente pressionaria as cotações do adoçante com maior oferta disponível, há informações no mercado de que o clima seguirá desfavorável para importantes origens produtoras, como Índia e Tailândia.

Na sessão desta terça-feira, porém, o dia foi mais calmo nas negociações. Ainda assim, Bonifacio Filho acredita que os preços do adoçante nas bolsas externas seguirão sendo direcionado para as questões climáticas, principalmente com a confirmação do El Niño, além de acompanhar a macroeconomia.

"O mercado agora passa a esperar o clima, não somente no Centro-Sul, mas também para o resto do mundo. Na Índia, nos dois principais estados produtores, que dependem das chuvas, as regiões canavieiras têm tido precipitações bem decepcionantes", disse o analista da StoneX.

No financeiro, esta terça-feira foi marcado por valorização expressiva nos preços do petróleo. As oscilações do óleo impactam nos combustíveis e, consequentemente, na decisão de produção das usinas. Já no câmbio, que impacta nas exportações, o dólar operava próximo da estabilidade sobre o real.

MERCADO INTERNO

Conforme a safra avança, os preços do açúcar no mercado interno têm correção. "Neste período de pico de safra, a oferta do cristal para pronta entrega aumenta, reforçando a retração dos compradores. Assim, as cotações do cristal recuaram nos últimos dias", disse em nota o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).

No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 135,89 a saca de 50 kg com desvalorização de 0,31%.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 157,61 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 24,88 c/lb e desvalorização de 2,13%.

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