CAFÉ: Cafeicultores aceleram os trabalhos de colheita e benefício

Publicado em 10/08/2012 18:05
Os embarques brasileiros de café em julho último, primeiro mês do novo ano-safra 2012/2013, de ciclo alto, ficaram em 2 077 703 scs, praticamente repetindo as 2062 737 scs exportadas no mesmo período de 2011, quando iniciávamos uma safra de ciclo baixo. Ficaram também 19% abaixo das 2 463 087 scs, exportadas em julho de 2010, início de um ano-safra de ciclo alto.

O volume embarcado em julho passado confirma o atraso na entrada no mercado da nova safra 2012/2013, resultado das fortes e atípicas chuvas que caíram sobre os cafezais brasileiros no mês de junho e julho.

Agora, com tempo seco e quente, os cafeicultores aceleraram os trabalhos de colheita e benefício. Os terreiros estão cheios e lotes de café da nova safra começam a chegar ao mercado com mais regularidade. À medida que os novos lotes vão sendo provados e classificados, vai se confirmando que os estragos na qualidade foram grandes.

Ainda é cedo para se quantificar as perdas, mas até nas regiões produtoras dos mais finos cafés do Brasil estão aparecendo lotes com xícaras fermentadas, riadas e rio. Um grande volume de grãos maduros foi derrubado no chão pelo mau tempo nas principais regiões produtoras do Brasil, levando a perdas irreversíveis. O tempo seco atual evita que as perdas se ampliem e agravem, mas não recupera os estragos de junho e julho.

Os contratos de café na ICE Futures US trabalharam em baixa esta semana e os negócios no físico
brasileiro não se desenvolveram bem. Os cafeicultores estão com suas atenções voltadas para os trabalhos de colheita e benefício, enquanto o período de verão e férias no hemisfério norte tirou muitos compradores do mercado.

A partir do final deste mês, com os números da atual safra brasileira começando a se definir e os
compradores retornando de férias e iniciando as compras para o inverno no hemisfério norte, período de consumo
mais forte, teremos um mercado mais ativo e interessado.

Levantamento da ABIC – Associação Brasileira da Indústria de café, para o período de 12 meses entre maio de 2011 e abril de 2012, indica que o consumo brasileiro de café, no período de 12 meses analisado, alcançou 19,975 milhões de sacas de 60 kgs, representando um crescimento de 3,05% em relação ao período anterior. Baseada neste resultado, a ABIC projeta um consumo de café no Brasil em 2012 de 20,41 milhões de sacas.

O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, informou que no último mês de julho foram embarcadas 2.077.703 de sacas de 60 kg de café, aproximadamente 1% (14.966 sacas) a mais que no mesmo mês de 2011 e 9% (173.373 sacas) a mais que no último mês de junho. Foram 1.639.746 sacas de café arábica e 174.326 sacas de café conillon, totalizando 1.814.072 sacas de café verde, que somadas a 259.599 sacas de solúvel e 4.032 sacas de torrado, totalizaram 2.077.703 sacas de café embarcadas.

Até o dia 9 os embarques de agosto estavam em 120.350 sacas de café arábica e 27.475 sacas de café conillon, somando 147.825 sacas de café verde, mais 11.023 sacas de café solúvel, contra 272.928 sacas no mesmo dia de julho. Até o dia 9, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em agosto totalizavam 706.036 sacas, contra 599.361 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 3, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 10, caiu nos contratos para entrega em setembro próximo, 755 pontos ou US$ 9,99 (R$ 20,14) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em setembro próximo na ICE fecharam no dia 3 a R$ 466,24/saca e hoje, dia 10 a R$ 443,57/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em setembro, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 20 pontos. No mercado calmo de hoje, são as seguintes cotações nominais por saca, para os cafés verdes, do tipo 6 para melhor, safra 2012/2013, condição porta de armazém:

R$430/440,00 - CEREJA DESCASCADO – (CD), BEM PREPARADO.
R$410/420,00 - FINOS A EXTRAFINOS – MOGIANA E MINAS.
R$390/400,00 - BOA QUALIDADE – DUROS, BEM PREPARADOS.
R$385/395,00 - DUROS COM XÍCARAS MAIS FRACAS.
R$370/380,00 - RIADOS.
R$340/350,00 - RIO.
R$340/360,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: DURA.
R$320/330,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: RIADAS.

DÓLAR COMERCIAL DE SEXTA-FEIRA: R$ 2,016 PARA COMPRA.
Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Escritório Carvalhaes

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário