Café: Contratos na bolsa de NY fecham semana com alta de 275 pontos

Publicado em 19/04/2013 18:00
Os contratos de café na ICE Futures Us trabalharam em alta moderada esta semana e o real perdeu quase 2% frente ao dólar. Este cenário estimulou os compradores e o mercado físico brasileiro apresentou-se mais ativo, com volume maior de negócios fechados.

O presidente da FAEMG – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais ouviu do governador de Minas Gerais, Antonio Augusto Anastasia, na tarde da última quarta-feira, dia 17, a promessa de apoio aos cafeicultores junto ao Governo Federal. O grupo, formado ainda por representantes de sindicatos de produtores e cooperativas de cafeicultores, busca a aprovação emergencial da revisão do preço mínimo da saca de café para R$ 340. O pedido dos cafeicultores mineiros é de que o novo mínimo seja aprovado pelo Conselho Monetário Nacional ainda esse mês, forçando reação urgente do mercado. O governador Anastasia contou ainda que o tema foi assunto dominante durante seu encontro com a presidenta Dilma Roussef, na capital mineira, no começo desta semana (fonte: FAEMG).

Hoje, sexta-feira, a senadora e presidente da CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Kátia Abreu, discute temas relacionados à cafeicultura na Coopinhal – Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Pinhal, em Espírito Santo do Pinhal no Estado de São Paulo. Amanhã estará na Cooxupé – Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé, com sede na cidade de Guaxupé em Minas Gerais, onde ministrará uma palestra para representantes de Cooperativas, Sindicatos, FAEMG e lideranças políticas regionais. No encontro, temas como os desafios para a criação de política pública ideal para os cafeicultores brasileiros serão abordados pela senadora.

A matéria “Diferença de preços entre café arábica e robusta volta a cair”, publicada no Valor On Line, no último dia 18, deixa claro como os operadores estão pensando e porque o mercado de arábica não sobe. Os argumentos usados pelos entrevistados sobre um superávit de arábica, não encontram respaldo nos números divulgados pela CONAB, nas estimativas de consumo da ABIC e embarques divulgados pelo CECAFÉ. Os números da OIC – Organização Internacional do Café também não indicam uma ampla oferta de arábica. Dois meses atrás, em uma conferência em Kampala, capital de Uganda, o diretor executivo da OIC, Robério Silva, fez uma apresentação estimulando os produtores da região a aumentar a produção de café.

Será preciso um fato novo para que o rumo do mercado possa ser alterado. Sem um posicionamento claro do Ministério da Agricultura, indicando qual a política que irão adotar para defender a cafeicultura brasileira, fica difícil reverter o quadro rapidamente.

Também é inadiável o Ministério da Agricultura se posicionar sobre os números da safra brasileira de café divulgados pela CONAB. O superávit de arábica no mundo, a que se referem na matéria citada acima, é lastreado em números maiores da safra brasileira do que os levantados pela CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento.

Até o dia 18, os embarques de abril estavam em 945.732 sacas de café arábica e 15.302 sacas de café conillon, somando 961.034 sacas de café verde, mais 92.631 sacas de café solúvel, contra 1.047.686 sacas no mesmo dia de março. Até o dia 18, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em abril totalizavam 1.754.459 sacas, contra 1.533.194 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 12, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 19, subiu nos contratos para entrega em maio próximo, 640 pontos ou US$ 8,47 (R$ 17,03) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em maio próximo na ICE fecharam no dia 12 a R$ 352,27/saca e hoje, dia 19 a R$ 376,81 saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em maio, a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 275 pontos. No mercado estável de hoje, são as seguintes cotações por saca, para os cafés verdes, do tipo 6 para melhor, safra 2012/2013, condição porta de armazém:

R$320/325,00 - CEREJA DESCASCADO – (CD), BEM PREPARADO.
R$320/325,00 - FINOS A EXTRAFINOS – MOGIANA E MINAS.
R$305/315,00 - BOA QUALIDADE – DUROS, BEM PREPARADOS.
R$295/300,00 - DUROS COM XÍCARAS MAIS FRACAS.
R$285/290,00 - RIADOS.
R$270/280,00 - RIO.
R$270/280,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: DURA.
R$260/270,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: RIADAS.

DÓLAR COMERCIAL DE SEXTA-FEIRA: R$ 2,0110 PARA COMPRA.

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Fonte:
Escritório Carvalhaes

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