Café: Mesmo com aprovação de medidas de apoio a cafeicultura, na semana café não recupera perdas nem no dia da reunião do CMN
Em reunião que terminou no início da noite de sexta-feira passada, dia 22, o CMN – Conselho Monetário Nacional aprovou novas medidas de apoio ao setor cafeeiro. Foi aprovada a renegociação das parcelas vencidas e a vencer de 1º de julho de 2013 a 30 de junho de 2014. As parcelas poderão ser renegociadas para pagamento em até cinco parcelas anuais, e o primeiro pagamento deve ser efetuado em 2015.
Os cafeicultores terão que quitar 20% de suas dívidas agora, para financiar o restante. Eles precisam manifestar junto aos bancos o interesse em renegociar os débitos até 31 de janeiro próximo e formalizar o processo até 15 de julho de 2014.
Segundo o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, o Tesouro deve deixar de receber cerca de R$ 500 milhões referentes a juros por conta da renegociação de dívidas.
Na última sexta-feira, mesmo com a reunião do CMN em andamento, os contratos de café com vencimento em março próximo na ICE Futures US, a bolsa de Nova Iorque, fecharam com baixa de 390 pontos. Esta semana, entre dias de alta e baixa, os mesmos contratos ganharam 335 pontos. Não recuperaram nem a baixa do dia da reunião do CMN.
No mercado físico brasileiro, muitos produtores adiaram suas vendas para analisar melhor as condições de renegociação aprovadas pelo governo. O volume de café ofertado caiu e os preços apresentaram uma pequena reação.
Segundo o CNC - Conselho Nacional do Café, a cafeicultura brasileira necessita de um planejamento de médio e longo prazo para que não seja tão refém das oscilações do mercado. Nesse sentido, o CNC e a Comissão Nacional do Café da CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil realizarão, no próximo dia 4 de dezembro, um encontro entre todos os representantes do setor privado com o diretor executivo da OIC - Organização Internacional do Café, Robério Silva, que, entre outros pontos, trará informações das condições atuais da cafeicultura nos países da América Central, Vietnã e Colômbia, os quais visitou recentemente, e de um mercado bastante promissor, a Coréia do Sul, de onde acaba de retornar. Em seguida, nos dias 18 e 19 de dezembro, será realizado o seminário “Rumos da Política Cafeeira no Brasil”, na sede da OCB - Organização das Cooperativas Brasileiras, em Brasília (DF), quando diversos especialistas do mercado e lideranças do setor analisarão o cenário atual e traçarão prognósticos para o futuro.
Até o dia 28, os embarques de novembro estavam em 1.482.513 sacas de café arábica, e 71.671 sacas de café conillon, somando 1.554.184 sacas de café verde, mais 162.073 sacas de café solúvel, totalizando 1.716.257 sacas embarcadas, contra 1.571.687 sacas no mesmo dia de outubro. Até o dia 28 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em novembro totalizavam 2.495.812 sacas, contra 2.250.998 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 22, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta feira dia 29, subiu nos contratos para entrega em março próximo, 335 pontos ou US$ 4,43 (R$ 10,35) por saca. Em reais, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam no dia 22 a R$ 324,93/saca e hoje, dia 29 a R$ 342,53/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em março, a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 275 pontos.
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