Mais um mês de alta para o produtor de leite, reajustes variaram até 6,0% frente ao pagamento anterior

Publicado em 01/06/2018 11:44

Quarto mês de alta para o produtor de leite. No pagamento de maio, referente ao leite entregue em abril, os reajustes variaram de 1,0% até 6,0%, frente ao pagamento anterior.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, a média nacional ponderada dos dezoito estados pesquisados ficou em R$1,116 por litro, sem o frete.

Além da queda na captação em função da entressafra no Brasil Central e região Sudeste, a greve dos caminhoneiros no final de maio e a dificuldade de coleta do leite nas fazendas e o escoamento dos lácteos até o consumidor final trouxeram incertezas e especulações ao mercado interno de forma geral.

Muitos laticínios interromperam a captação ou reduziram o volume de leite coletado nas duas últimas semanas de maio, o que deu sustentação, por exemplo, aos preços no mercado spot e produtos lácteos no atacado e varejo.

Segundo o índice Scot Consultoria de Captação de Leite, em abril, considerando a média nacional, houve queda de 2,8% no volume de leite coletado e em maio, de acordo com dados parciais, sem considerar os efeitos totais da greve, caiu 2,2%. Este número deverá ser maior com a consolidação dos dados.

Além da greve, as questões climáticas adversas (falta de chuvas) e o aumento dos custos de produção tem interferido na produção de leite no país.

Para o pagamento a ser realizado em junho, referente a produção de maio, 88,0% dos laticínios pesquisados pela Scot Consultoria acreditam em alta do preço do leite ao produtor, 11,0% falam em manutenção e 1,0% estima queda no preço do leite para o produtor, frente ao pagamento anterior.

Um ponto importante é que o mercado, antes da greve, vinha dando sinais de que os reajustes seriam menores daqui para frente. Ou seja, os preços ao produtor subiriam até julho/agosto, mas em um ritmo menor que o observado nos pagamentos anteriores. Com a greve, o viés de alta ganhou força e as intensidades dos aumentos deverão ser maiores que o previsto antes da greve, até que o mercado se regule.

No mercado spot, ou seja, o leite comercializado entre as indústrias, os preços voltaram a subir em maio, depois de ficarem praticamente estáveis em abril.

No mercado atacadista, considerando a média de todos os produtos lácteos pesquisados pela Scot Consultoria, os preços tiveram alta de 0,5% na segunda quinzena de maio, em relação à primeira metade do mês. Para o leite longa vida (UHT) houve alta de 1,2% na segunda metade de maio, depois de duas quinzenas “patinando”.

No mercado varejista, o leite longa vida teve alta de 2,4%. Foi a maior valorização desde julho do ano anterior.

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Fonte:
Scot Consultoria

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