Milho- XP: demanda fraca e alta dos juros na China derrubam preços em Chicago

Sessão de consolidação para o milho na BM&F nesta terça-feira. Após fortes perdas no início da manhã, trabalhando abaixo dos 25,00 no novembro em alguns momentos, o mercado do cereal voltou a recuperar no decorrer do pregão, mesmo com as fortes perdas na CBOT. Compras técnicas associado ao baixo fluxo de negócios no físico contribuíram como fator de suporte com o mercado abaixo do indicador Esalq. 

Internamente, o mercado permanece encontrando certa dificuldade para o fluxo de negócios com produtor retendo vendas e consumidor receoso em melhorar os preços dada a movimentação externa. Os preços no porto não tem registrado queda significativa dada a firmeza do dólar contribuindo como fator de suporte aos preços das demais regiões. 

Em Chicago, preços em forte queda assimilando a movimentação das demais commodities (petróleo caindo 4%, metais em torno de 3%) e a alta do dólar (índice dólar subindo mais de 1,8% no dia). Com demanda externa fraca ao cereal, a alta do dólar gera uma percepção de cautela ainda maior ao mercado. Da mesma forma, a liquidação de posições compradas de fundos após a China ter anunciado a elevação da Taxa de Depósito e a Taxa de Empréstimo de 1 ano no país, impactando as expectativas de demanda global por produtos básicos a frente, corrobora ao movimento.

Tecnicamente, milho novembro BM&F confirmou a perda do suporte em 25,50 na sessão de hoje, buscando suporte imediato pouco acima de 24,75. No curto prazo, o mercado renova a tendência de alta retornando acima dos 25,50 para o novembro. De qualquer forma, com a manutenção do mercado acima da primeira retração de Fibonacci em 25,15, associado a configuração altista de osciladores, a expectativa de maior suporte aos preços no curto prazo existe, desde que Chicago reduza o ritmo das perdas. O cenário complica perdendo os 24,75 para o novembro.

Confira a análise completa: sojamilho1910.pdf