Soja: O que esperar dos preços futuros?

Publicado em 30/08/2012 14:55
Sempre nos rebuscamos na história para projetar o futuro do desempenho dos mercados ou mesmo das "maiores crises" que a história do mundo nos ofereceu.
 
É importante a constatação que todas as grandes crises tiveram inesperadas soluções no médio prazo. Desde as crises econômicas de muitas economias globais, assim como catástrofes resultantes de graves problemas climáticos em todos os níveis.
 
A minha apologia de que os preços da soja são previsíveis embute um forte conteúdo histórico de desempenho, com repetidas e confirmadas constatações através dos tempos.
 
Este ano de 2012 ficará marcado na história dos preços das commodities agrícolas, por ter alcançado a marca dos preços mais altos de toda a história da soja, que data desde a criação da Bolsa de Chicago, em 1848.
 
São 44 anos em que o mercado, a cada 4 anos, oferece desempenho de preços de exceção numa confirmação de 11 eventos, desde 1972, com 100% de efetividade, numa progressão aritmética. 
 
Deixando de lado os eventos atemporais e aleatórios, minhas medidas e ferramentas de análises resultaram do fato de ser um profissional como negociador do mercado de soja há quase 50 anos. A necessidade de executar negócios em todos os tempos me deu a certeza de poder afirmar, no dia 4 de março de 2011, que o ano de 2012 poderia realizar os preços recordes de todos os tempos para as commodities agrícolas, principalmente para a soja.
 
Minhas recentes entrevistas ao Canal Rural e Notícias Agrícolas não eliminam minha afirmação anterior de que os preços da soja teriam um novo desempenho altista a partir da 2ª. quinzena do mês de agosto até meados de setembro próximo.
 
Também é uma constatação história confirmada que os anos subsequentes aos anos de preços de exceção, nos 11 eventos acima mencionados, nunca repetiram os preços do ano anterior e nem mesmo nos próximos 3 anos ao alcance do intervalo dos próximos 4 anos.
 
Pode ser oportuno mencionar (é quase um paradoxo), mas tanto Confúcio como Maquiavel fizeram a mesma afirmação: "´Só pode prever o futuro, quem já viveu o passado..."
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Fonte:
Liones Severo

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8 comentários

  • Liones Severo Porto Alegre - RS

    Meus melhores agradecimentos a todos que me brindaram com seus comentários sobre este relatório. forte abraço a todos.

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  • Eduardo Barsella Presidente Dutra - MA

    Senhor Liones Severo, sou um admirador do vosso trabalho e da sua prestação principalmente para com o publico ao qual pretenco, os produtores de SOJA. Li os seus dois livros e encontrei um grave defeito nos dois se me permite. Os dois livros acabam muito cedo (rs). Sou visitante frequente do site www.graosesoja.com.br e sempre nos balizamos pelos seus comentarios tambem. Achamos que o senhor senão o unico mas um dos pouquissimos que falam/escrevem pouco mas acerta muito. Parabens Sr. Liones, esperamos sempre pelos seus comentarios, artigos entre outros. Muita saude e um forte abraço.

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  • salvador reis neto Santa Tereza do Oeste - PR

    roger a. rodrigue com certesa somos nos os agropecuaristas quem amamos essa nossa patria. temos amor pela terra produzimos com verdadeira paixao porque se fosse so pelo dinheiro trabalhariamos 1,2,3 anos e na primeira difilcudade abandonariamos tudo.

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  • salvador reis neto Santa Tereza do Oeste - PR

    liones severo esse eo cara sua analise e de quem conhece o assunto.

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  • Liones Severo Porto Alegre - RS

    Caro Roger Rodrigues - obrigado pelo seu comentário. Refero-me ao nosso país. abraços

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  • ROGER AUGUSTO RODRIGUES Cuiabá - MT

    Liones, bastante ponderado o seu comentário, aliás, como sempre. Apenas para entender melhor sua última frase, todos nós amamos nossa pátria mãe, você se refere aos envolvidos na produção agropecuária?

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  • Liones Severo Porto Alegre - RS

    Caro WILSON AMBROZI, Em todos os anos mencionados houveram contrapontos tão ou mais fortes que os atuais que nos colocam em dúvidas sobre as decisões

    a tomar ou os caminhos à seguir. Faz parte de todas as situações presentes, seja nos negócios ou na própria vida. Você tem razão, a China não deixará de comprar

    o que precisa. A China assim como outros países asiáticos, como o Japão, são extremamente nacionalistas e seguem fielmente às decisões governamentais, quase

    como uma religião. Se Governo, por uma razão o outra, disser que o povo não deve comer carne pois 2 meses, eles obedecerão fielmente, mas não acho que seja

    para tanto a atual situação. Provavelmente voltarão a comer mais arroz, cuja produção asiática corresponde a 90pct da produção mundial e além de terem uma

    safra cheia, é a commodity agrícola mais barata no momento, atualmente é a metade do preço de 2008. Quanto ao suprimento de soja, a China atualmente é o único

    país que não tem escassez, por haver se coberto antecipadamente com o volume que precisavam. Para a safra de 2013, os chineses já compraram 15 milhões de

    tons dos Estados Unidos, cerca de 13 milhões de tons do Brasil e cerca de 5 milhões de tons da Argentina, ou o total de 33 milhões de tons. Em condições normais

    importariam 25 mlnt/USA, 23mlnt/Brasil e 10 mlnt/Argentina. Penso que o suprimento, após a quebra americana, passará a ser 22/USA, 26/Brasil e 12/Argentina

    ou o total de 60 mlnt para 2013. À considerar que estão colhendo uma safra de 13 mlnt, significa que o suprimento deles para 2013 já alcança 46 mlnt, o que lhes

    dá folego suficiente para esperar até a próxima safra norteamericana a ser colhida em outubro de 2013. Ademais com as expectativas de produções recordes na américa

    do sul, não será um grande ´case` para eles se cobrirem. Por último mas não menos, os Chineses são extremamente felizes e satisfeitos com a vida que o país

    lhes oferece, contrariamente ao que muitos comentam no ocidente, nada diferente todos nós amamos nossa pátria mãe. Abração.

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  • Vilson Ambrozi Chapadinha - MA

    Concordo que só podemos prognósticar preços no futuro baseado em situações identicas ocorridas no passado.Minha dúvida é se tivemos situações semelhantes para poder usar como contraponto..Então vejamos.O maior comprador é também o de melhor situação financeira,não é o mais democratico e assim sendo ,a fome não poderá admolesta-los.logo se alguem tem que ficar sem almoço não serão os chineses.Será que em alguma época existiu uma sequencia de adversidades climaticas ,cuja somatória equivale a mais de 2 meses de consumo mundial?

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