As discrepâncias dos fatos e o ilusionismo de Marina Silva

Publicado em 29/10/2012 09:25 e atualizado em 30/10/2012 07:58
Por Valdir Edemar Fries, produtor rural em Itambé/PR.
Se tratando de opinião da ex ministra do meio ambiente, não podemos nos surpreender, até porque Marina Silva é uma grande ilusionista, no entanto se tratando dos fatos, devemos contestar do que ela escreve em suas DISCREPÂNCIAS na folha.uol – CLIQUE AQUI.

Mestre na arte de produzir fenômenos que parecem contradizer as Leis naturais, Marina Silva se debruça em seus questionamentos na tentativa de colocar em cheque os fatos da realidade brasileira em relação ao setor produtivo da agropecuária, e se omite em analisar a realidade existente no campo em relação aos primeiros desbravamentos realizados País a dentro, aludindo as divergências dos fatos em defesa da sua “natura” ambientalista.

Questionamentos Marina Silva em negrito, em seguida minhas respostas:

1) É fato que o agronegócio (cuja importância na macroeconomia e no comércio internacional ninguém nega) não é que coloca “comida na mesa” do povo brasileiro, que 60% da cesta básica é garantida pela agricultura familiar, também responsável por 7 em cada 10 empregos no campo? 

Pois bem, se Marina Silva concordas com o fato de que o agronegócio tem importância na macroeconomia e no comércio internacional, deveria saber também que a macroeconomia promove o desenvolvimento social, e que o comércio internacional gera a sustentabilidade dos programas sociais de politicas de governo que ela tanto defende. De outro lado, os 100% dos produtos da cesta básica só é garantido com o volume da produção do agronegócio, portanto ela e todos os demais naturebas dependem dos 40% que provem das grandes produções, seja de frango, leite, cereais ou fibras. Quanto ao emprego de mão de obra, devemos lembrar que é considerado agricultura familiar quem possuí até 4 módulos rurais e ou emprega apenas a mão de obra da própria família, com baixa renda econômica,  porque mesmo com 4 módulos rurais,  a área do imóvel por si só, é desconsiderada na classificação dependendo de sua renda econômica, e também do numero de trabalhadores rurais contratados  na execução da atividade explorada, no entanto dependendo da atividade explorada e da tecnologia aplicada, mesmo com imoveis com área de até 4 módulos fiscais, muitos deixam de ser considerados da agricultura familiar devido o aumento da renda, e portando, passam a ser empregadores de mão de obra, e são estes os produtores rurais que ainda são computados pelos ambientalistas como “agricultores familiares” são estes produtores bem sucedidos que produzem a grande parte da produção que se somam no complemento dos 60% da produção considerada por ela (pequenos em área e grandes em produção), e aos modos de Marina Silva, ela e os demais ambientalistas ignoram justamente estes agricultores familiares, que mesmo com certos benefícios específicos do novo código em relação a área do imóvel,  muitos destes “pequenos” e os demais “médios produtores rurais”, dependendo das características geográficas regionais, terão suas atividades economicamente e socialmente inviabilizadas com a implementação do novo Código Florestal e seus Decretos.

2) É fato que existem mais de 140 milhões de hectares de áreas degradadas, improdutivas ou com baixíssima produtividade e que é possível dobrar a produção agrícola e o rebanho bovino sem desmatar novas áreas, bastando agregar tecnologia simples e disponível?

Não resta duvidas que usando de novas tecnologias disponíveis e ao alcance do produtores hoje, se usadas em áreas degradadas dobraríamos a produção sem o desbravamento de novas áreas de terra, no entanto se há fatos que estão sendo omitidos, omissos aos fatos esta Marina Silva, e se “é fato que existem mais de 140 milhões de hectares de áreas degradadas” devemos considerar que a ex ministra expõe o seu “pensamento arrogante, derivado do seu positivismo rudimentar” com certa ignorância ao fato de que os milhões dos hectares degradados foram desbravados muito antes de qualquer noticia da aplicação de qualquer código florestal. Também a de se lembrar que estas áreas foram explorados em décadas anteriores a existência das tecnologias predominantes hoje, e sem qualquer arrogância, devemos afirmar que enquanto Ministra do Meio ambiente, ela NÃO apresentou Projeto nem Proposta de auxilio financeiro aos produtores rurais no financiamento de praticas conservacionistas para  recuperação ambiental destas áreas degradadas, o que deveria ter sido feito, e tenho certeza, Projeto desta natureza teria aprovação total no OGU pelo Congresso e pleno apoio da sociedade, porém Marina Silva enquanto Ministra do Meio Ambiente nada fez no sentido de viabilizar o financiamento da recuperação nem de meio milhão de hectares, ficou omissa ao FATO de que áreasimprodutivas ou de baixíssima produtividade não geram renda, e sem renda não há capacidade econômica para investimentos em tecnologia para se dobrar a produção. Sabe-se que milhares de produtores se encontram descapitalizado por consequentes crises econômicas da união e períodos inflacionário, somando-se as intempéries  e as questões negativas de mercado, e devido a descapitalização do produtor, certamente grande maioria dos 140 milhões de hectares não serão recuperados sem a IMPLEMENTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE GOVERNO, e ela Marina Silva “para comprovar uma opinião já formada com base em interesses” usa de fatos, sem antes analisar as origens das causas. “Aí esconde-se uma esperteza”: Esperteza da ilusória ex ministra que tem pregado sua superioridade de opinião através de ”meras suposições subjetivas”.

3) As propriedades com menos de quatro módulos fiscais (na Amazônia são 400 hectares) nem sempre coincidem com a agricultura familiar, que muitas são agregadas à pecuária ou às empresas agrícolas?

Pois bem, a quem não conheça o bioma da amazônia, mas quem lá esta ou conhece sabe que  a exploração agropecuária quando bem explorada e com uso de tecnologia proporciona ótimos resultados, Marina Silva demonstra saber disto quando no questionamento anterior ressalta o uso de tecnologia para aumento da produtividade. No entanto, tudo indica que o combustível que sustenta o sócio ambientalismo é mesmo o ”extrativismo tradicional” para fazer com que o homem permaneça na miséria, pois é justamente através da classe miserável que a ex ministra usa da arte e pratica de criar algo ilusório por meio de seus truques políticos.

Vale ressaltar neste terceiro questionamento, que a ex ministra esta sendo omissa ao fato de que muitas propriedades de 4 módulos da amazônia (400 hectares) não coincidem com a agricultura familiar porque estão sendo administradas por  produtores rurais que usaram da tecnologia, e dependendo o nível de tecnologia aplicada tanto na pecuária com na agrícola, o produtor rural passou a ser classificado como empregador, e eleva sua renda econômica, mudando de categoria, e é essa mudança que ocorre com o crescimento econômico e independência financeira do produtor rural, que os políticos menos esperam e desejam para o setor do agropecuário,  …porque? Porque deixamos de ficar submisso às politicagem de governo, e os que os rodeiam, são justamente aqueles produtores que continuam na miséria e ainda vivem o ilusionismo de Marina Silva e demais naturebas beneficiados com os vetos impostos pela Presidente da República.

“A liberdade de pensamento é uma das maiores conquistas de nossa preciosa democracia”. …SIM!

Sendo assim, devo usar da minha liberdade de pensamento para afirmar que O CÓDIGO FLORESTAL DEIXA DE SER FLORESTAL, e torna-se um sistema de fomento predatório na promoção do maior êxodo rural da história do País, com desocupação devido a inviabilidade econômica e social da exploração agropecuária em milhões de propriedades rurais com áreas de 2 a 10 módulos, dependendo da sua localização regional.

Concluindo, …Devo dizer que estas são as respostas de um “idólatra dos fatos” até porque O CÓDIGO FLORESTAL DEIXA DE SER FLORESTAL quando passa a ser uma ferramenta politica de quem promove o “Extrativismo da NATURA”.

Vale DESTACAR que a OPINIÃO levianamente ilusória da EX MINISTRA tem o objetivo de desqualificar o agronegócio Brasileiro, desqualificar aos que mais capital tem disponibilizado e empregado na preservação do meio ambiente, e o FATO dos produtores rurais Brasileiro serem os maiores preservacionista, é o FATO que contraria a opinião discrepada da ex ministra Marina Silva em seus próprios questionamentos subjetivos.
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Fonte:
Valdir Edemar Fries

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3 comentários

  • Rosemar da silva amorim kibayashi Buritis - RO

    Em nome de todos os produtores rurais srº Valdir Edemar sua defesa é aplausiva, porém não deves esquecer que a terra é uma mãe produtora! e como toda mãe tem seu limite, de produção, e um dia para de produzir. e para tudo na vida e no mundo tem que haver um equilibrio.

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  • Andrei Bruno Moroni Canarana - MT

    O fato é o seguinte, quem não tem conhecimento do que é viver na zona rural não pode questionar nada. Tudo é mais difícil pois estamos afastados de muitos recursos existentes na cidade. E tudo que ouvimos é que somos verdadeiros vilões, é brincadeira.É só olhar para tudo o que movimenta o setor agropecuário, será que todos os milhares de áreas plantadas não tem nenhum benefício.

    Continuem atacando o verdadeiro setor produtivo de nosso país, se um dia ele viesse a perder força o Brasil simplesmente vai ser um país como tantos outros da América do Sul, mais um bando de Latinos para cair nas piadas dos comediantes "estadunidenses". O Sr. Valdir foi muito feliz em seus comentários.

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Penso que nunca li uma resposta tão infeliz como essa. O Sr. Valdir na ânsia de defender os grandes produtores cai no truque de Marina e ainda ofende sem necessidade os "naturebas", afetando uma superioridade de quem está alimentando as pessoas por generosidade. Ora Sr. Valdir, sua interpretação pode parecer correta para você, assim como Marina pensa que correta é ela, sendo que cada um pensa que a sua interpretação é um avanço da sociedade. O que ocorre na realidade, e Marina ganha por que vê isso, é que uma vez aberto o diálogo este está sempre sujeito à tempestade dos interesses e nunca se chega à nenhuma posição. Não interessa à nenhum dos dois lados separar o joio do trigo, por que afinal os dois estão lucrando. Isso não passa de uma briga de faz de conta.

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