O agronegócio brasileiro também é um campo fértil para a automação digital, por Tatiana Piloto

Publicado em 10/05/2022 10:48
Tatiana Piloto é vice-presidente da ActiveCampaign para a América Latina. Unicórnio com sede em Chicago (EUA), a ActiveCampaign é referência em CXA, oferecendo uma plataforma com mais de 150 mil clientes em 170 países. 

Nem a pandemia freou o avanço do agronegócio brasileiro. O setor bateu recordes em safras e exportações nos dois últimos anos e promete seguir crescendo, a despeito de desafios econômicos, climáticos e geopolíticos. Um fator que irá impulsionar as atividades no campo é a transformação digital. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 70% das propriedades rurais do país, ou 3,64 milhões de unidades, ainda estão offline. O 5G e outras tecnologias vão facilitar o acesso de muitos desses empreendimentos a novos recursos, a exemplo de plataformas de automação de marketing.

Um grande número de agroempresas do país conta com centenas ou milhares de clientes. Seja nos negócios com outras empresas (B2B) ou nas vendas a consumidores finais, a automação de marketing possibilita que os empreendedores rurais aprimorem as operações de relacionamento e suporte. As respostas e a comunicação ganham não só agilidade, como também mais precisão. Tecnologias de automação como a Customer Experience Automation (CXA) viabilizam interações personalizadas, de acordo com o perfil do cliente atendido, identificando seu canal de contato predileto (e-mail, SMS, redes sociais) e a melhor ocasião para o envio das mensagens (o sistema identifica os horários em que os clientes costumam visualizá-las).

Se a agroempresa já tiver uma plataforma de comércio eletrônico, a CXA permite, por exemplo, a emissão de lembretes de pedidos não finalizados, ajudando a aumentar a taxa de conversões. Assim como já faz a maioria das lojas virtuais e marketplaces, os estabelecimentos rurais podem “setar” o sistema para distribuir esses avisos automaticamente, bem como disparar malas diretas de ofertas para grupos seletos de clientes. Agricultores, pecuaristas, beneficiadores ou donos de comércios especializados não precisam ter conhecimentos avançados em informática ou contratar uma equipe para a operacionalização. As plataformas têm uso amigável e oferecem automações pré-configuradas, garantindo uso imediato. 

E a automação do marketing pode ir além da melhora no suporte e atendimento no agronegócio. As empresas do setor também podem utilizar a ferramenta para o engajamento dos clientes. Isso pode ser feito por meio do envio de conteúdos relevantes: orientações sobre o manejo adequado de produtos, sugestões de uso, notícias sobre inovações, orientações sobre ESG ou responsabilidade corporativa e artigos sobre tendências e perspectivas para o setor, entre muitas outras possibilidades. O tempo “salvo” pela CXA, aliás, pode ser aproveitado nessas atividades criativas. Levantamentos constataram uma média de 20 horas economizadas por mês pelos usuários. 

De acordo com um estudo da McKinsey realizado em 2021, o Brasil é líder mundial em produtores rurais que utilizam ferramentas digitais para melhorar cultivos e criações – 46%, contra 37% nos Estados Unidos e 22% na Europa. Além de utilizar a tecnologia da porteira para dentro, como em drones, equipamentos de irrigação ligados em redes e sistemas de monitoramento do clima e do solo, os empreendedores podem também utilizá-la da porteira para fora, nas vendas e no marketing de relacionamento. 

Isso pode gerar um diferencial competitivo importante especialmente para pequenos e médios produtores, com capital humano limitado para ações tradicionais de publicidade ou trade marketing.  Ao cultivar o hábito da automação digital, bons frutos tendem a ser colhidos rapidamente.

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Tatiana Piloto

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