Seca na Argentina ameaça abastecimento de trigo, por Prof. Aluizio Borem
As regiões agrícolas da Argentina podem sofrer "perdas maciças" nos rendimentos de trigo devido a outra severa seca, alertou a Rosario Grains Exchange no final da quinta-feira, enquanto o país se recupera de uma seca no último ciclo considerado o pior em 60 anos.
A bolsa ainda não mudou sua previsão para uma colheita de trigo de 15 milhões de toneladas métricas para a atual temporada de colheita de 2023/2024.
A Argentina é um grande exportador global de trigo, além de soja e milho processados, mas algumas de suas regiões agrícolas mais férteis estão sofrendo com a seca.
A falta de chuvas da safra passada comprometeu as colheitas, reduzindo pela metade a produção de trigo do país em relação aos 23 milhões de toneladas produzidas no ano anterior.
A bolsa observou que de um milhão de hectares cultivados com trigo na região central, 400.000 estão listados em condições regulares e 100.000 em más condições.
O relatório acrescentou que alguns hectares foram deixados pastagem pelos animais, devido às péssimas condições da área.
Os produtores argentinos plantaram cerca de 5,4 milhões de hectares de trigo, com a colheita inicial marcada para começar nas próximas semanas.
A bolsa disse que as condições da safra dependerá de chuvas, mas alguns especialistas acreditam que o dano já ocorreu e que apenas chuvas isoladas estão previstas para a próxima semana.
A seca também está atrasando o plantio de milho na principal região de plantio do País, e se o tempo seco persistir, algumas áreas podem ser transformados em plantio de soja.
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