Equinócio de primavera, voltam as chuvas, por Dr. Evaristo de Miranda

Publicado em 22/09/2025 17:18
Formigas
Foto: Fábio Colombini

Chegou o equinócio de primavera, 22 de setembro. É o fim do inverno e da estação seca, tanto aqui, como no Peru, Namíbia, Moçambique ou Timor. O clima em regiões tropicais é um relógio: chove no verão e o auge da seca é sempre no inverno. Ele não é caótico, nem a incerteza apregoada por alguns.

Se nos trópicos, o máximo das chuvas é sempre no verão, em climas temperados é o contrário: chove no inverno. O povoador português trouxe a expressão “inverno”, como sinônimo do tempo das chuvas. No Nordeste e em outras regiões, quando os agricultores falam do “inverno", da estação chuvosa, eles estão falando do verão.

Nos cenários mais catastróficos dos “especialistas” sobre o futuro do clima, ninguém chegou a ponto de sugerir mudanças no regime das chuvas ou nas estações. A dinâmica física da atmosfera é colocada em ação por quantidades colossais de energia solar e sua absorção, sobretudo, pelos oceanos.

A Terra tem quatro estações pelo fato de seu eixo de rotação estar inclinado 23 graus e 27 minutos em relação ao plano eclíptico, o de sua translação em torno do Sol. E o eixo se mantem paralelo a si mesmo ao longo do ano. Se o eixo de rotação fosse perpendicular, não haveria estações. Apenas um gradiente de calor entre o equador e os polos.

Em 22 de setembro, equinócio, faça chuva ou faça sol, o dia durará 12 horas. A noite também. No Brasil, Europa, Austrália, Japão, Canadá e Polo Sul. Em todo o planeta. Equinócio: do latim aequinoctĭu, igualdade de dia e noite.

Todo dia, o sol nasce a Leste e se põe a Oeste. No equinócio, ele nasce no Leste. Ele marca exatamente no horizonte o ponto cardeal Leste. E se põe no ponto cardeal Oeste. Bom para calibrar bússolas! E para observar da janela e marcar esses dois pontos de referência no horizonte: Leste e Oeste.

No equinócio, o sol a pino traça no solo a linha do Equador. Postes não terão sombra ao meio dia na região equatorial, como em Macapá. Ali será possível ver o disco solar no fundo de um poço ao meio dia, algo impossível em Santa Catarina ou Rio Grande do Sul, onde o sol nunca vai a pino.

Por seis meses, desde o equinócio de outono, ele esteve a pino em localidades da zona tropical do hemisfério Norte. O sol deslocou-se até o Trópico de Câncer e agora retornou ao Equador. Do equinócio de primavera em diante, se deslocará para o Sul até o solstício de verão, em dezembro, perto do Natal.

O dia da árvore, da Polícia Florestal e do fazendeiro antecederam o do equinócio de primavera. Lembram o tempo de plantar árvores, em cidades e fazendas. Em campanhas escolares, municipais e empresariais plantam árvores no Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho). Data importada. No hemisfério boreal, lá no Norte, é primavera. Faz sentido plantar. Aqui não. As mudas sofrem com secas e queimadas. Poucas sobrevivem. Pode-se plantar árvores o ano todo. Na primavera, chuvas e luz ajudam.

A beleza dos ciclos celestes está no trabalho rural. Cultivar a terra no ritmo da natureza. Com a primavera, chegam as chuvas. Produtores, como sempre, preparam máquinas, sementes e planejam. Olham para o céu, para as nuvens, semeiam e têm esperança. O Brasil se prepara para plantar, de novo, a maior safra de grãos da história. Deus ajuda, quem cedo madruga.

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Fonte:
Evaristo de Miranda

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