Algodão brasileiro: sustentabilidade e tecnologia que conquistaram o mundo

Publicado em 08/10/2025 09:01
Cristiane Da Roz Delic é Líder do Portfólio de Algodão, Arroz e Trigo na Corteva Agriscience

A cotonicultura brasileira assumiu um protagonismo mundial, se transformando na líder em exportação da pluma, superando os Estados Unidos, historicamente dominantes neste mercado. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), entre agosto de 2024 a julho de 2025, o País embarcou 2,83 milhões de toneladas de pluma, 6% a mais que as 2,68 milhões de toneladas na temporada anterior.

Neste mês, em que celebramos em 7 de outubro o Dia Mundial do Algodão, é importante celebrar e dividir essa conquista com quem está no campo: o cotonicultor. O produtor tem adotado efetivamente práticas sustentáveis, que conciliam alta produtividade com sustentabilidade. Vale lembrar que grande parte do algodão produzido em território nacional - cerca de 90% - já é certificado pela ABR (Algodão Brasileiro Sustentável), além de termos o reconhecimento internacional pela Better Cotton Initiative (BCI).

Hoje, a indústria demanda uma fibra de qualidade e sustentável. Ao promover práticas como a adoção da biotecnologia, o uso racional de insumos e de água, a participação em programas de rastreabilidade da cadeia e o uso de tecnologias como máquinas automatizadas e de defensivos, além de ferramentas de análise e monitoramento de solo, o produtor contribui para que o mundo olhe para o algodão brasileiro como referência, garantindo que cada fardo carregue consigo responsabilidade ambiental, respeito social e competitividade internacional.

Diversos fatores agronômicos durante o processo produtivo explicam como o algodão brasileiro chegou a esse patamar. Um dos marcos, sem dúvida, é a adoção da biotecnologia. Ela ajuda a proteger a cultura de pragas como as lagartas, durante décadas o maior desafio no algodoeiro. Nematóides, vermes com diversas raças, ainda representam uma dificuldade no enfrentamento por parte do produtor, mas a adoção de tecnologias inovadoras em tratamento de semente industrial, desenvolvidas continuamente pela indústria, ajudam o cotonicultor neste processo.

Também é importante destacar o investimento, cada vez maior, em soluções para proteção do cultivo. Inseticidas, fungicidas e herbicidas com formulações de alta performance e inovadoras, ajudam no controle de pragas, doenças e plantas daninhas, agregando qualidade à matéria-prima.

Outro aspecto favorável à cultura é o clima. Grande parte do algodão é plantado em áreas com alto índice pluviométrico durante todo o ciclo – que é ligeiramente superior à soja e ao milho, por exemplo, atingindo até 220 dias, em determinadas regiões. Esta prática reduz o consumo de água, promovendo a manutenção dos recursos.

O perfil jovem e escolarizado do cotonicultor, conectado com inovação e sustentabilidade, tornam o futuro da cultura ainda mais promissor. Ele começa a olhar para outras ferramentas, como o uso de soluções biológicas, que trazem diversas melhorias produtivas, e de iniciativas para o equilíbrio hormonal da planta, que aumenta a produtividade e qualidade da fibra, também de forma sustentável, já que um algodão com hormônios vegetais alia desenvolvimento com melhor uso dos recursos, sobretudo água e nutrientes.

Mais do que plantar e colher, o produtor de algodão garante, da semente à pluma, que a fibra brasileira seja competitiva e sustentável. Ao adotar tecnologia de ponta, preservar áreas nativas, usar insumos de forma responsável, ele está transformando sua lavoura em referência global. Que o algodão brasileiro continue trilhando este caminho de protagonismo.

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Fonte:
Corteva

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