Balanço de 2014 e perspectivas para a soja em 2015, por Flávio França Jr

Publicado em 09/01/2015 17:51
Flávio Roberto de França Junior é Analista de Mercado, Consultor em Agribusiness e Diretor da França Junior Consultoria

Prezados amigos. Primeiramente meus sinceros votos de um Grande 2015 a todos. Apesar do início de ano cercado de notícias ruins no campo econômico e político, vamos trabalhar firme e juntos para que o agronegócio consiga repetir o bom desempenho geral do ano que passou. O texto semanal de análise da França Junior Consultoria está trazendo nessa primeira e tradicional publicação do ano as principais tendências para o mercado e a comercialização da soja no Brasil e no mundo para 2015. O texto foi dividido em três partes: a primeira nos traz as linhas gerais do ano que passou e uma recapitulação das principais previsões feitas na primeira publicação de 2014; na segunda, um comparativo entre esses comentários e a retrospectiva dos fatos efetivamente ocorridos; e por último, apresentamos as projeções sobre as linhas mestras gerais para esta nova temporada que se inicia. Convido todos a se cadastrarem gratuitamente em www.francajunior.com.br e acompanharem o texto na íntegra.

De todo o modo, apresento neste texto um breve resumo do que foi escrito, no intuito de contribuir para a discussão de tão controverso e importante tema: as tendências do mercado e da comercialização para este novo ano que se inicia.  

As previsões feitas para 2014
Na primeira parte do texto, apresentamos uma rápida recapitulação das previsões feitas no início de janeiro para os principais indicadores do complexo soja brasileiro e mundial. Naquele momento indicamos sentimento geral positivo para a renda dos produtores, embora com preços e desempenho geral um pouco mais conservadores do que em 2013. Essencialmente esse favorável desempenho viria pela combinação de vendas antecipadas de 35% da safra com bases remuneradoras, positivo desempenho da produtividade média, com preços médios mais acomodados em relação ao ano anterior, mas ainda acima da média. A maior limitação viria pelo aumento dos custos de produção da temporada.

Pelo lado dos preços o suporte viria pelas médias historicamente elevadas para a CBOT no primeiro semestre, antes da colheita da nova safra dos EUA, em função do aperto intensificado nos estoques dos EUA, por melhora esperada na logística refletindo em melhores prêmios de exportação, e por elevação sinalizada para a taxa de câmbio.

As preocupações principais estariam centradas no comportamento final do clima na América do Sul (que acabou trazendo algumas surpresas desagradáveis), a definição de área e produção nos EUA, e o encaminhamento do processo de recuperação da economia mundial, especialmente no caso dos EUA. 

Os fatos de 2014
Ao observarmos as projeções realizadas há um ano é possível afirmar que mantivemos o elevado padrão de acertos na antecipação da linha geral de comportamento do mercado e da comercialização da safra 2013/14. Especialmente na confirmação de mais um ano de renda positiva aos produtores brasileiros, o oitavo seguido. Neste ano tivemos a confirmação da tendência para as previsões realizadas em todos os indicadores apresentados, tanto internos como externos, passando por previsões de safra e consumo, comportamento da economia, formatação de preços, incluindo as previsões para a Bolsa de Chicago, para o câmbio e para os prêmios de exportação, e perfil da comercialização.  

As previsões para 2015
Para esta nova temporada, apesar da queda no padrão de preços do mercado internacional, o nosso sentimento geral para o mercado do complexo soja neste novo ano permanece positivo na ótica dos vendedores. Apesar de mais conservador do que nos excelentes resultados alcançados por boa parte dos produtores brasileiros em 2013 e 2104, temos a tendência de que maioria obtenha o nono ano consecutivo de avanço na renda do setor. Essencialmente esse favorável desempenho predominante viria pela combinação de vendas antecipadas de 20% da projeção de produção com preços remuneradores, positivo desempenho da produtividade média, com boas chances de ultrapassar as bases de 2014, e preços médios domésticos mais acomodados em relação ao ano que passou, mas ainda próximo ou acima da média. Limitação de resultados por avanço nos custos de produção, e problemas regionais de clima. 

Em relação aos preços, o desempenho tenderia a ser limitado pela expectativa de cotações na CBOT permanecendo abaixo da média na hipótese de confirmação de safra recorde na América do Sul e nova safra cheia nos EUA. Apesar do firme crescimento esperado pelo lado da demanda, é pouco provável que esse avanço impeça novo aumento na posição dos estoques nos EUA e mundial para 2015/16, caso não seja combinado com algum fato novo (negativo) pelo lado da oferta. Já no lado dos prêmios, apesar de pressão esperada na colheita, a expectativa é por bases melhores do que no último ano. E finalmente pelo lado do câmbio, provavelmente o grande ponto de suporte para os preços internos nesta temporada.

Um “AgroAbraço” a todos!!!
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Fonte:
França Junior Consultoria

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