Fala Produtor
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Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR 02/09/2016 00:57
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Evandro Carlos Shommer Palotina - PR 02/09/2016 00:17
Caro Eduardo Lima Porto, Muito bom seu artigo/texto, "Agricultura Lesionada - Margens Abusivas e Endividamento"... ótima analise de toda uma cadeia de valor de suma importância a economia Brasileira.
Relata por quase que completamente todo o envolvimento econômico que a cadeia produtiva agrícola do Brasil possui, deixa clara e objetiva a relação entre custos/lucros; claro que acredito que você tenha muitos mais dados e informações que nos comprove mais ainda do que aqui esta descrito.
Mas eu como um mero gestor em Agronegócios e hoje uma acadêmico de economia tenho muitas duvidas a respeito de todo esse aglomerado de diretrizes que cercam o agronegócio Brasileiro. Acredito certamente que o maior problema não só da cadeia agroindustrial mas como toda a face da economia Brasileira sofre do mesmo mal, uma falta de governo, falta de comprometimento dos órgãos públicos, na verdade uma falta de respeito com todos nós cidadãos, de todos que dizem que representam o Agro, poucos, mais muitos poucos tem coragem ou até mesmo boas ideias de levar este e outros assuntos a frente..., sempre estão com o pensamento no seu EU primeiramente (reeleição), não no coletivo que serio o correto ser feito pela classe publica, mas isso certamente não vai ser você e muito menos eu que vamos conseguir mudar. Oque precisamos na verdade é de mais e mais pessoas assim como tu, que comecem a mostrar a cara, abrir o jogo pra toda a sociedade e quem sabe um dia a população de conscientiza que do jeito que esta sendo feito não dá mais.
Eduardo, agora se me permites, tenho alguns questionamentos e ponderações bem peculiares e particulares para serem feitos:
1º É certo que o agricultor é muito penalizado pelos fornecedores/Bancos e ect quando se referimos a juros, lucros gigantescos obtidos em cima de negociações em favor destes, mas sera que é só a classe agrícola que sofre com isso. Acredito que não, pois toda nossa base industrial esta vivendo aos frangalhos faz tempo, não temos competitividade com quase ninguém, vivemos sempre de solavancos e suspiros vindo do Estado, sera que isso já não se tornou uma "prache" eleitoral, qual o motivo de se fazer e tomar sempre as mesmas medidas e soluções paliativas e emergências quando se noticia que tal setor da economia vai mal. Pra mim isso não passa de uma má vontade de se fazer as coisas certas antecipadamente, como já disse a Thatcher -"O Brasil precisa de Gestão";
2º Em referencia as industrias/fornecedores de insumos a agricultura, não consigo fazer uma penalização crucial a eles, pois acredito que sem eles não teríamos nem a metade da tecnologia (química), a difusão de novas técnicas agrícolas (treinamentos específicos) que temos hoje no campo, o fato de se dizer que conseguem lucros de até 1000% não significa que estão fazendo algo errado (dentro da lei), a culpa disso de novo é do Governo que não tem capacidade e interesse pra mudar nada disso, talvez seja como você diz, tem o "lobby" que pesa muito nesta hora;
3º Não consigo ver no Brasil, produtores fazendo por si próprio todo o processo de compra (importação) e venda (exportação) de insumos e produtos agrícolas, acredito que hoje não estamos com condições de se efetuar esta pratica tão complexa e dificultosa, tanto por parte jurídica, econômica e até mesmo social, pois como sabemos a grande parte de nossos produtores possuem somente o 2º grau de estudos, e estas operações necessitam de um conhecimento além.
Finalizando meu colega, também não sou a favor de estatização da economia, acredito que o mercado tende sempre a se auto regulamentar, mas para isso precisamos ter um aparato de instituições que regem este mercado e que dão segurança a todos os envolvidos, mas isso hoje no Brasil é difícil de se confirmar, e é por isso que estamos vivendo este embaralhado e desproporcional ambiente econômico dentro da Agricultura.
Um forte Abraço e se quiser pode me responder (criticar) no e-mail.
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Eduardo Lima Porto
Porto Alegre - RS
Caro Senhor Evandro Shommer,
Primeiramente, quero lhe agradecer pelos comentários e pelas palavras de estímulo.
Concordo totalmente com as suas ponderações.
Em particular, no item 2, quando me refiro as margens abusivas praticadas pelo setor de Defensivos Agrícolas, faço essa análise num contexto histórico que busca explicar parte do endividamento acumulado com as operações de custeio e sob um prisma comparativo com os preços praticados em outros mercados.
No aspecto "moral", não julgo a Industria de perseguir a obtenção de margens maiores para o seu negócio, sempre e quando, esse procedimento decorra de uma ação lícita e em consonância com as boas práticas comerciais. Considero que o Governo sujeitou-se de certa forma ao Lobby do setor e também se alinhou convenientemente com a pauta de grupos ambientalistas, que até hoje propalam informações distorcidas sobre o uso dos agroquímicos. Considero que obedecidos os parâmetros relacionados a segurança, rastreabilidade e responsabilidade ambiental, os agricultores empresariais deveriam estar autorizados a importar esses insumos diretamente, pois essa medida contribuiria muito para melhoria da competitividade e a geração de caixa do setor.
No que diz respeito ao seu terceiro comentário, é certo que enfrentamos um despreparo quase que generalizado do setor para atuar de forma mais ativa no Comércio Exterior. Isso decorre do fato da economia brasileira ser extremamente fechada e de termos por alguns anos nos contentado com as margens positivas proporcionadas por uma conjuntura de mercado que talvez não retorne tão cedo. Acredito que o setor agrícola pode e deve se preparar para uma nova etapa, a qual, na minha visão, passa por um maior entendimento das necessidades de quem está do outro lado da porteira. Me refiro a necessidade de Governança que passa pela instituição de práticas de gestão e de contabilidade alinhadas com as práticas internacionais. Me preocupa a forma como o Risco do setor é percebido pelos fornecedores de crédito (nosso principal insumo), sejam eles Bancos ou Fabricantes de Insumos. Somos todos literalmente parte desse processo evolutivo. Podemos com um Planejamento Estratégico claro, conduzido por Lideranças Rurais lúcidas atingir em poucos anos um novo patamar, no qual nos tornemos Exportadores de fato e não simplesmente Comprados.
Gosto muito de repetir as frases de dois Agrônomos que considero brilhantes, Polan Lacki e Dirceu Gassen.
O primeiro disse que "Os Agricultores compram no Varejo e vendem no Atacado", sendo uma explicação simples e ao mesmo tempo profunda da fragilidade que caracteriza o setor. O segundo diz que "A Produtividade é o Conhecimento aplicado por Hectare".
Me parece que sobre as duas frases acima temos muito o que refletir e a nos inspirar na construção de um modelo sólido para o Agro.
Lhe mando um forte Abraço e desde já me coloco à disposição.
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Evandro Carlos Shommer
Palotina - PR
Muito obrigado pela resposta/explicação Eduardo, este tema é de muita importância e discussão no âmbito global, como já disse, precisamos de pessoas como você para conseguir um futuro (presente, porque não) melhor pra toda a cadeia do agronegócio.
Acredito que estamos prestes a entrar em um "Novo Horizonte" de gestão publica no Brasil.
Abraços e muitos sucesso.
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Eduardo Lima Porto
Porto Alegre - RS
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Eraldo Jose Dutra Gil Santo Antônio da Patrulha - RS 01/09/2016 20:33
Última fronteira agrícola...
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FABIANO DALL ASTA Canarana - MT 01/09/2016 20:16
Guilherme., lá no MT esta cheio de indio e ongs. E nem lá se tem certeza de segurança juridica...
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Jobe canalli Passo Fundo - RS 01/09/2016 19:07
Com toda a informação que existe hoje, será que só agora descobriram o novo eldorado em Roraima. Quando a esmola é demais até o santo desconfia...
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FABIANO DALL ASTA
Canarana - MT
Boa tarde Canali. Se tiver segurança juridica , acredito que esse lugar tem futuro. Existem terras muito fracas e existem terras de 40 de argila. As dificuldades sao normais de areas de fronteira. Primeiro chega o dinheiro e a produçao , depois os beneficios e tal. E falando em segurança juridica , isso nao existe em nenhum local do pais. Esse ano mesmo tomaram muita terra de produtores na minha regiao.
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FABIANO DALL ASTA
Canarana - MT
E manda um abraço para meu tio , o Ademir Dall Asta , que mora ai em Passo Fundo , produtor no CAPINZAL.
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FABIANO DALL ASTA
Canarana - MT
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Guilherme Frederico Lamb Assis - SP 01/09/2016 17:33
Muita atenção a esse parte, demonstrando as intenções do PT e seu projeto de poder, que era se perpetuar no mesmo como em outras ditaduras:
"Apesar de sua importância no Congresso Nacional e na economia brasileira de um modo geral, só dia 12/07/2016 a FPA foi visitada pela primeira vez em 14 anos de existência por um presidente da República em sua sede, em Brasília (conforme registrado pelo fotógrafo Beto Barata/Presidência da República)."
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FABIANO DALL ASTA
Canarana - MT
Boa tarde canalli. Sou produtor em Canarana , no MT. Estou em Roraima a 6 dias. Certeza ninguem tem das coisas , mas ja andei muito aqui e posso te afirmar que esse lugar tem futuro. Obviamente talvez demore 5 ou 10 anos , mas tem terra de todos os gostos , plana , plana com areia , algumas com muita argila e quase planas. Nessas regioes de fronteiras acontecem sempre os mesmos erros. Gasta se todo os recursos em aquisiçao de terras , e pelas dificuldades iniciais normais de produzir e se ter lucro , levam muitos a terem problemas. Resumindo , venha conhecer.
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Guilherme Frederico Lamb
Assis - SP
Bem colocado Fabiano, antes de compra a terra é preciso avaliar quanto capital é necessário para torna-la produtiva e operacional
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Rogerio mendes lopes
Morrinhos - GO
Se em Goiás tá difícil,imagine em Roraima!!!
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Rodrigo Polo Pires
Balneário Camboriú - SC
Guilherme, é quase uma redundância, "apesar da importância, não tinha importância nenhuma". Isso por que quase toda a bancada estava cooptada, os próprios integrantes estavam comprometidos com o PT, e até no senado nosso ministro também tinha comprometimento e apoiava o projeto petista.
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FABIANO DALL ASTA
Canarana - MT
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Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC 01/09/2016 15:56
Oh Marcos Montes, deixa de enrolação, qual o importante trabalho feito pelo Blairo Maggi até agora? Nenhum, à exceção da pedição de dinheiro público, que isso ele sabe fazer..., disse um sábio da Biblia que a sanguessuga tem duas irmãs, dá-me, dá-me. E só.
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Jacir Calminatti Dois Vizinhos - PR 01/09/2016 15:42
Como serão negociados esses espaços (lavouras) em Roraima ? Serão vendidos pelo estado ou já está em mãos de terceiros?
Qual seria o valor do hectare hoje ?
Abraços
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carlo meloni sao paulo - SP 01/09/2016 13:43
Olhem que coisa interessante, dos 45 milhoes de hectares de areas consolidadas que o Codigo Florestal liberou aos pequenos proprietarios e que nao precisam ser reflorestadas, somente 1% e' cultivado... Parodiando Shakespeare, MUITO BARULHO POR NADA...
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Everson M. Danguy Tuneiras do Oeste - PR 01/09/2016 11:02
Agora após todos estes fatos que aconteceram no senado brasileiro, amenizando a pena de dilma, a "PORTEIRA ESTÁ ABERTA" para que mais fatos como este aconteçam novamente..
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Paulo Roberto Rensi
Bandeirantes - PR
O QUE É PODER ???
O dicionário Houaiss, entre muitas acepções, pode-se destacar essas:
Verbo
transitivo direto e intransitivo
1 ter a faculdade ou a possibilidade de
Exs.: podemos dizer a verdade
mais pode a fera que a presa
Substantivo masculino
13 direito ou capacidade de decidir, agir e ter voz de mando; autoridade.
Mas, para a classe política brasileira poder tem outra definição:
"É SER DONO DO BELO E DO FEIO"... Ou seja... "É SER DONO DA VERDADE" !!!
Não são as "meias" reformas da política, da fiscal, da previdência, ou qualquer outra, pois os políticos vão continuar sendo "donos da verdade".
Como a sociedade brasileira vai mudar essa realidade?
Esse é o objetivo a ser buscado: OS POLÍTICOS NÃO SÃO SERES SUPERIORES !!!
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Paulo Roberto Rensi
Bandeirantes - PR
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Antonio Carlos Nogueira Fortaleza - CE 01/09/2016 10:25
Gostaria de saber das condições de escoamento de safra em Roraima, fator importante nos custos do agricultor.
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Luis Gustavo de Medeiros Buso
Santo Antônio da Platina - PR
Reportagens assim dao bastante audiência , todo mundo quer vender seu peixe, nada é tão simples, existem outros fatores para serem levados em conta
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Paulo Roberto Rensi
Bandeirantes - PR
Estado de Roraima, antigo Território de Roraima, que junto com Amapá, foram transformados em Estado na Constituição de 1988. Suas particularidades climáticas, edafológicas, culturais são singulares mas, principalmente as particularidades culturais são as primeiras a serem desconsideradas pelos "colonizadores". Vejam as técnicas agrícolas trazidas pelos colonizadores europeus para o Brasil, após UM século está demonstrado que são técnicas que não são viáveis para uma agricultura tropical, mas os estragos estão aí para serem "consertados" nas gerações futuras. Acredito que a pesquisa intensificada na região será a melhor ferramenta para dirimir possíveis "erros técnicos".
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Luis Gustavo de Medeiros Buso
Santo Antônio da Platina - PR
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LUIZ GENTIL PASTORE Toledo - PR 01/09/2016 10:07
nunca votei neste maldito PT, o PMBB e igual ou pior que o PT, so falta inocentar o CUNHA ,ai e o FIM, so o MORO PARA NOS SALVAR
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Paulo Roberto Rensi
Bandeirantes - PR
Sr. Luiz, as siglas dos partidos são só uma imagem de marketing. Veja que nos últimos tempos o país virou um "Paritinzão", as cores dos bois Garantido e Caprichoso foram transmutados para o VERMELHO do PT e o AZUL do PSDB, mais uma ferramenta usada pelos marqueteiros de campanha. Acredito que para as Instituições se tornarem fortes, elas devem ter o respaldo da população, no caso, que a população não tenha um comportamento passivo nos assuntos políticos de maior relevância. Imagine se DOIS MILHÕES de pessoas saírem às ruas discordando desse fatiamento que o Renan e o Levandowisk fizeram na Constituição para salvar a Dilma da inabilidade política?
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Paulo Roberto Rensi
Bandeirantes - PR
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Rodrigo Otávio de Araujo Herval Coromandel - MG 01/09/2016 08:04
Que tamanho de milho!!!
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Adauto Pereira Gomes Junior Santa Cruz de la Sierra 01/09/2016 07:04
Parabéns aos Roraimenses.
Os fios que tecem o tecido social de uma sociedade são oriundos de mil substâncias.
Não existe máquina capaz em tecer esse "tecido" sem defeitos.
No caso a máquina seria as formas de governo (democracia, socialismo, comunismo e, eteceteras) e, seus governantes.
No Brasil, desde o Estado Novo de Getúlio, formou-se uma cultura de que seres místicos seriam alçados no poder para salvar o povo, a partir daí a sociedade brasileira se defrontou com Janio Quadros, Jango Goulart, Sarney, Collor, FHC, Lula & Dilma, operando a máquina para tecer o tecido "sociedade". Veja o resultado histórico desse pequeno período citado.
O que deve ser feito para não convivermos num "MUNDO DE ESPANTO" ???
Ou será que há uma "cultura suprassensível" na sociedade brasileira de "VIVER PERIGOSAMENTE" ???