"A peste da nossa idade é o assim chamado laicismo, com seus erros e seus ímpios incentivos. E vós sabeis, veneráveis irmãos, que esta impiedade não amadureceu num só dia, mas desde muito tempo se ocultava nas entranhas da sociedade... Com efeito, começou-se por negar o império de Cristo sobre todas as gentes; negou-se à Igreja o direito, que deriva do direito de Jesus Cristo, de ensinar as gentes, de fazer leis, de governar os povos para conduzi-los à felicidade eterna. E aos poucos a religião cristã foi igualada às falsas religiões e rebaixada indecorosamente ao nível destas. Depois foi submetida ao poder civil e foi deixada como que ao arbítrio dos príncipes e magistrados. E foi-se ainda mais longe: houve os que pensaram substituir a religião de Cristo por certo sentimento religioso natural. E não faltaram Estados que opinaram poder prescindir de Deus e puseram a sua religião na irreligião e no desprezo de Deus.
Os péssimos frutos que este afastamento de Cristo por parte dos indivíduos e das nações produziu tão frequentemente e por tanto tempo, nós os lamentamos [?] e ainda hoje lamentamos: as sementes da discórdia, espalhadas por todo lugar; atiçados aqueles ódios e aquelas rivalidades entre os povos, que tanto atraso ainda interpõem ao restabelecimento da paz; a intemperança das paixões, que tão frequentemente se escondem sob as aparências do bem público e do amor pátrio; as discórdias civis que derivam disso, junto com aquele cego e desmedido egoísmo, tão largamente difundido, o qual, tendendo somente ao bem privado e à própria comodidade, mede tudo no mesmo pé; a paz doméstica profundamente perturbada pelo esquecimento e o descuido dos deveres familiares; e, finalmente, a própria sociedade sacudida e levada à ruína."
(Papa Pio XI, Encíclica "Quas Primas", n. 15) - Publicado no facebook do Padre Paulo Ricardo.
"A peste da nossa idade é o assim chamado laicismo, com seus erros e seus ímpios incentivos. E vós sabeis, veneráveis irmãos, que esta impiedade não amadureceu num só dia, mas desde muito tempo se ocultava nas entranhas da sociedade... Com efeito, começou-se por negar o império de Cristo sobre todas as gentes; negou-se à Igreja o direito, que deriva do direito de Jesus Cristo, de ensinar as gentes, de fazer leis, de governar os povos para conduzi-los à felicidade eterna. E aos poucos a religião cristã foi igualada às falsas religiões e rebaixada indecorosamente ao nível destas. Depois foi submetida ao poder civil e foi deixada como que ao arbítrio dos príncipes e magistrados. E foi-se ainda mais longe: houve os que pensaram substituir a religião de Cristo por certo sentimento religioso natural. E não faltaram Estados que opinaram poder prescindir de Deus e puseram a sua religião na irreligião e no desprezo de Deus.
Os péssimos frutos que este afastamento de Cristo por parte dos indivíduos e das nações produziu tão frequentemente e por tanto tempo, nós os lamentamos [?] e ainda hoje lamentamos: as sementes da discórdia, espalhadas por todo lugar; atiçados aqueles ódios e aquelas rivalidades entre os povos, que tanto atraso ainda interpõem ao restabelecimento da paz; a intemperança das paixões, que tão frequentemente se escondem sob as aparências do bem público e do amor pátrio; as discórdias civis que derivam disso, junto com aquele cego e desmedido egoísmo, tão largamente difundido, o qual, tendendo somente ao bem privado e à própria comodidade, mede tudo no mesmo pé; a paz doméstica profundamente perturbada pelo esquecimento e o descuido dos deveres familiares; e, finalmente, a própria sociedade sacudida e levada à ruína."
(Papa Pio XI, Encíclica "Quas Primas", n. 15) - Publicado no facebook do Padre Paulo Ricardo.