A guerra comercial é uma ameaça real, mas a verdadeira encrenca é o sistema bancário chinês ...
Bolhas e insolvências por todos os lados. Esse é o titulo de um artigo do Mises Brasil. O país vivenciou uma maciça expansão do crédito na última década. Desde 2008, toda a dívida existente no país em relação ao PIB praticamente dobrou, ultrapassando 300% do PIB em 2019 (a espantosa quantia de US$ 34 trilhões). Dado que o mundo também apresenta altos níveis de endividamento, seria fácil ignorar estes dados chineses, mas há uma variedade de motivos por que os níveis de endividamento da China são particularmente preocupantes.
Para começar, o principal componente da dívida chinesa não é a dívida do governo, mas sim a dívida das empresas. Em 2017, de acordo com o FMI, a dívida corporativa foi de 160% do PIB. (A título de comparação, a dívida corporativa americana, que é considerada alta, é de 48% do PIB). Ainda mais inquietante é o fato de que as empresas controladas pelo estado foram as mais agressivas em assumir riscos: elas pegaram 85% de todos os empréstimos feitos no país.
Obviamente, o fato de serem controladas pelo estado concedeu a estas empresas uma vantagem comparativa no mercado de crédito, o que contribuiu para afugentar e impossibilitar o acesso de empresas privadas a empréstimos. E, também obviamente, empresas controladas pelo estado não estão interessadas em lucratividade, mas sim em atender aos desejos políticos dos líderes governamentais. Elas operam visando à política, e não a resultados econômicos. A consequência inevitável é que vários desses empréstimos foram tomados para efetuar projetos que nunca foram lucrativos. Ou seja: é uma dívida que simplesmente jamais será quitada.
A guerra comercial é uma ameaça real, mas a verdadeira encrenca é o sistema bancário chinês ...
Bolhas e insolvências por todos os lados. Esse é o titulo de um artigo do Mises Brasil. O país vivenciou uma maciça expansão do crédito na última década. Desde 2008, toda a dívida existente no país em relação ao PIB praticamente dobrou, ultrapassando 300% do PIB em 2019 (a espantosa quantia de US$ 34 trilhões). Dado que o mundo também apresenta altos níveis de endividamento, seria fácil ignorar estes dados chineses, mas há uma variedade de motivos por que os níveis de endividamento da China são particularmente preocupantes.
Para começar, o principal componente da dívida chinesa não é a dívida do governo, mas sim a dívida das empresas. Em 2017, de acordo com o FMI, a dívida corporativa foi de 160% do PIB. (A título de comparação, a dívida corporativa americana, que é considerada alta, é de 48% do PIB). Ainda mais inquietante é o fato de que as empresas controladas pelo estado foram as mais agressivas em assumir riscos: elas pegaram 85% de todos os empréstimos feitos no país.
Obviamente, o fato de serem controladas pelo estado concedeu a estas empresas uma vantagem comparativa no mercado de crédito, o que contribuiu para afugentar e impossibilitar o acesso de empresas privadas a empréstimos. E, também obviamente, empresas controladas pelo estado não estão interessadas em lucratividade, mas sim em atender aos desejos políticos dos líderes governamentais. Elas operam visando à política, e não a resultados econômicos. A consequência inevitável é que vários desses empréstimos foram tomados para efetuar projetos que nunca foram lucrativos. Ou seja: é uma dívida que simplesmente jamais será quitada.