Fala Produtor - Mensagem
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Cláudio Jesus Rio de Janeiro - RJ 23/04/2021 02:11
Comentário referente a notícia: Remodelando o comércio de grãos? China muda a receita de ração animal-
Leodir Vicente Sbaraine
Terra Roxa - PR
A questão não é essa sr. Cláudio, aonde irá se produzir tanto trigo e outros cerais pra substituir o milho em tão pouco espaço físico (terra agricultavel) no mundo, e com valor nutricional parecido???..., Falar até papagaio fala, comida não é carro, látex, roupas etc, etc, ... Alimenta- se no mínimo 3x ao dia ou passa fome...
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Paulo Roberto Rensi
Bandeirantes - PR
Sr. CLAUDIO JESUS, o seu comentário denota que você é letrado. E o que me intriga é a discussão em alimentar animais e qual a forma mais correta.
Enquanto isso esquecem-se que o milho é a commodity com o maior volume da produção mundial. Depois vem o arroz e o trigo.
Agora, vem a pergunta que não quer calar: ESSA PRODUÇÃO MUNDIAL ESTÁ SENDO DESTINADA À ALIMENTAÇÃO DE HUMANOS OU ANIMAIS?
Veja, que qualquer mudança brusca na destinação dessas commodities, vai faltar no "outro prato".
SIMPLES ASSIM !!!
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Leodir Vicente Sbaraine
Terra Roxa - PR
Interessante a sessão de comentários. Muitos dizendo que é mentira e improvável. Parecem que esqueceram com quem estão lidando e abraçaram o negacionismo.
A China em 1980 era o mosquito que cercava o Japão (ainda lembram dessa pocilga?) e agora manda no comércio internacional. Não os culpo, muitos daqui vivem da soja e do milho mas não venham falar que a mudança para outras matérias nutricionais é extremamente improvável. Clássica indústria brasileira sendo tonta e ignorando os sinais óbvios de mudança. Onde estão nossas saudosas indústrias de tempos antigos? Roupa, chapéus, carros etc? Ficaram no passado.
Assim, deduzo que os "fazendeiros", como bons brasileiros, preferem insistir na receita que vem dando certo e continuar investindo nela. Não vão parar de lucrar mas não vão lucrar o máximo. E o mercado não pensará duas vezes em nos ofuscar.
Como foi o látex, algum "paiseco", seja por política econômica seja por influência chinesa direta, acabara se adequando às novas propostas. "Como assim vão fazer pneus de carros com um óleo que sai da terra? Esses alemães vão querer nos vestir sem usar usar roupa" - alguém da indústria de latex do século passado deve ter dito sobre a probabilidade de usarem petróleo pra fazerem pneus e roupas. A sociedade muda e os humanos se quiserem também.
A questão não é fazer ração do jeito mais fácil e sim variar os imputs na cadeia de produção alimentar. Oras, ficar a mercê de 2 fontes que se mostraram muito instáveis e pior do que ficar a mercê de 4 ou mais fontes. O milho encareceu? Taca-lhe trigo. Soja ficou cara? Talvez a farinha de mandioca da oceania seja mais vantajosa.
A China cria, portanto, uma indústria alimentícia de extrema modularidade que aceita imputs de diversas regiões e produtos que, com absoluta convicção, passarão pela Nova Rota da Seda (Ásia Extrema, Ásia Média, África e Europa) e aumentará a riqueza chinesa e sua influência pelo mundo.
Uma pena nossos fazendeiros pensarem que é só uma questão de mídia chinesa e que é impossível fazer vaca comer trigo. Mais uma vez ficaremos olhando encantados como a vaca chinesa é mais gorda e o pneu alemão mais eficiente.