Em Belém, o deputado Paulo César Quartiero perguntou e José Dirceu, um dos vendilhões da pátria (entre outras coisas), respondeu: "Vocês de Roraima podem esquecer a ideia de se desenvolver" - Os compromissos internacionais assumidos pelo governo brasileiro em relação às questões ambientais têm prioridade sobre as necessidades de desenvolvimento socioeconômico de certas regiões do País-- O recado foi dado pelo ex-ministro José Dirceu a um grupo de lideranças políticas e empresariais da Região Amazônica, reunidas para ouvi-lo na Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA). No evento, ocorrido em 27 de maio último, Zé Dirceu foi questionado pelo orizicultor e deputado Paulo César Quartiero (DEM-RR), um dos produtores de arroz expulso de suas terras com a delimitação em área contínua da reserva indígena Raposa Serra do Sol. Na ocasião, travou-se o seguinte diálogo, registrado por uma testemunha ocular:
PCQ - Sou um deputado de Roraima, sou oposição, democrata, mas torço pelo sucesso da presidente Dilma, porque o Brasil precisa se desenvolver e se consolidar. Roraima é um estado com área geográfica similar ao estado de São Paulo e tem um potencial enorme, seja pela posição geográfica estratégica, pelos recursos minerais e hídricos, seja pela vocação do estado na produção de alimentos, principalmente no Cerrado, onde o custo para a implementação da agricultura é um dos mais baixos do País. Tínhamos uma agricultura pequena, mas que era destaque em produtividade e qualidade. Éramos campeões na Amazônia em arroz, soja, piscicultura e pecuária. Fruto de 35 anos de trabalho e pesquisa. Porém, isso foi destruído pela ação do Governo Federal, que, sob pretexto da proteção de minorias étnicas e do meio ambiente, levou um exército armado para inviabilizar o nascente setor produtivo e, com isso, na prática, colocou em alto risco o novo estado de Roraima.
Na sua palestra, o senhor falou que têm que preservar o meio ambiente, devido aos compromissos internacionais, mas, para as pessoas atingidas, as famílias, o Governo Federal teria que ter alternativas para garantir a sobrevivência e melhoria de vida. Mas, na prática, o que assistimos da presença do Governo Federal na Amazônia é a força policial-militar com fuzis e armas para intimidar, multar e expulsar os brasileiros da região. O Código Florestal era uma esperança, mas ficamos de fora no texto aprovado na Câmara Federal, mas esse mesmo texto o senhor garante que a presidente Dilma vai vetar.
Sr. Ministro, baseado na sua inegável capacidade de articulação e conhecimentos, eu pergunto o que o Governo Federal pensa sobre Roraima e o que ele pensa para o Estado, sabendo que sobra hoje algo entre 5% e 7% da área estadual para o desenvolvimento de atividades econômicas?
Zé Dirceu - "Realmente, o estado de Roraima foi submetido a uma intervenção do Governo Federal, mas foi para cumprir as determinações do STF [Supremo Tribunal Federal]. O Brasil tem que cumprir compromissos internacionais assumidos para a proteção da natureza e minorias indígenas. Então, vocês de Roraima podem esquecer a ideia de se desenvolver utilizando os recursos minerais, hidráulicos e a produção agrícola. Roraima tem só 450 mil habitantes, se sobra apenas 6% da área, tem que pensar em outra forma de desenvolver o Estado".
Como as palavras do poderoso prócer petista são autoexplicativas, dispensam-se comentários.
Comentário referente a notícia: [b]Confira as principais notícias agrícolas deste sábado[/b]
Veja a notícia completa http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=90540
Em Belém, o deputado Paulo César Quartiero perguntou e José Dirceu, um dos vendilhões da pátria (entre outras coisas), respondeu: "Vocês de Roraima podem esquecer a ideia de se desenvolver" - Os compromissos internacionais assumidos pelo governo brasileiro em relação às questões ambientais têm prioridade sobre as necessidades de desenvolvimento socioeconômico de certas regiões do País-- O recado foi dado pelo ex-ministro José Dirceu a um grupo de lideranças políticas e empresariais da Região Amazônica, reunidas para ouvi-lo na Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA). No evento, ocorrido em 27 de maio último, Zé Dirceu foi questionado pelo orizicultor e deputado Paulo César Quartiero (DEM-RR), um dos produtores de arroz expulso de suas terras com a delimitação em área contínua da reserva indígena Raposa Serra do Sol. Na ocasião, travou-se o seguinte diálogo, registrado por uma testemunha ocular:
PCQ - Sou um deputado de Roraima, sou oposição, democrata, mas torço pelo sucesso da presidente Dilma, porque o Brasil precisa se desenvolver e se consolidar. Roraima é um estado com área geográfica similar ao estado de São Paulo e tem um potencial enorme, seja pela posição geográfica estratégica, pelos recursos minerais e hídricos, seja pela vocação do estado na produção de alimentos, principalmente no Cerrado, onde o custo para a implementação da agricultura é um dos mais baixos do País. Tínhamos uma agricultura pequena, mas que era destaque em produtividade e qualidade. Éramos campeões na Amazônia em arroz, soja, piscicultura e pecuária. Fruto de 35 anos de trabalho e pesquisa. Porém, isso foi destruído pela ação do Governo Federal, que, sob pretexto da proteção de minorias étnicas e do meio ambiente, levou um exército armado para inviabilizar o nascente setor produtivo e, com isso, na prática, colocou em alto risco o novo estado de Roraima.
Na sua palestra, o senhor falou que têm que preservar o meio ambiente, devido aos compromissos internacionais, mas, para as pessoas atingidas, as famílias, o Governo Federal teria que ter alternativas para garantir a sobrevivência e melhoria de vida. Mas, na prática, o que assistimos da presença do Governo Federal na Amazônia é a força policial-militar com fuzis e armas para intimidar, multar e expulsar os brasileiros da região. O Código Florestal era uma esperança, mas ficamos de fora no texto aprovado na Câmara Federal, mas esse mesmo texto o senhor garante que a presidente Dilma vai vetar.
Sr. Ministro, baseado na sua inegável capacidade de articulação e conhecimentos, eu pergunto o que o Governo Federal pensa sobre Roraima e o que ele pensa para o Estado, sabendo que sobra hoje algo entre 5% e 7% da área estadual para o desenvolvimento de atividades econômicas?
Zé Dirceu - "Realmente, o estado de Roraima foi submetido a uma intervenção do Governo Federal, mas foi para cumprir as determinações do STF [Supremo Tribunal Federal]. O Brasil tem que cumprir compromissos internacionais assumidos para a proteção da natureza e minorias indígenas. Então, vocês de Roraima podem esquecer a ideia de se desenvolver utilizando os recursos minerais, hidráulicos e a produção agrícola. Roraima tem só 450 mil habitantes, se sobra apenas 6% da área, tem que pensar em outra forma de desenvolver o Estado".
Como as palavras do poderoso prócer petista são autoexplicativas, dispensam-se comentários.
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