Fala Produtor - Mensagem

  • Guilherme Frederico Lamb Assis - SP 26/03/2009 00:00

    Caro João Batista,

    Como produtor rural, administrador de empresas graduado, conhecedor de economia e finanças e sendo adepto incondicional da democracia e do livre mercado gostaria de deixar aqui minha sincera aversão às idéias comunistas do senhor Polan Lacki.

    Assisti a duas entrevistas dele no site e fiquei decepcionado de certa forma, pois tenho visto o canal rural e o globo rural se tornarem programas do green-peace, do MST, de eco xiitas entre outros terroristas esquerdopatas que atentam contra a propriedade privada, as liberdades individuais e a democracia,

    Esse senhor é extremamente tendencioso em favor de suas ideologias socialistas, maior prova disso era seu cargo na ONU, hoje entendido como organismo que só faz apologia a terroristas, como o hamas, e ataca o mundo ocidental, os verdadeiros defensores da democracia e da liberdade. Esses clichês idiotas e absurdo como o anti-americanismo, o anti- capitalismo e o cerceamento da liberdade e da propriedade privada.

    Ele fala de acordo com suas orientações ideológicas e de interesses próprios, quando fala em cooperativismo socialista em relação às maquinas. Por exemplo, é impossível comprar um trator em 4 sócios e ter esse aparelho funcionando de forma eficiente, pois no final sempre há alguém que não cuida da maquina ou faz mal uso da mesma, como em todo sistema comunista, que em via de regra é um fracasso. Só se socializa o problema, já os benefícios ficam nas mãos dos tiranos dominadores, como Hugo Chavez, Kin Jon Il e Fidel Castro. Sendo esses deuses para o senhor Lacki, segundo percebi o tom de suas palavras.

    Eu concordo que educação é essencial em tudo, porem, essa busca deve partir do individuo, pois se esse não mostra vontade de apreender, nada nesse mundo vai conseguir resolver sua ignorância.

    Também concordo que o credito rural como esta, principalmente os "custeios safras" são um engodo da forma que estão, eu mesmo deixei de trabalhar com esse tipo de financiamento em 2005. Os únicos financiamentos mais viáveis no Brasil são os de maquinas, equipamentos e infra-estrutura, ou pode se tratar de menos prejudiciais.

    Não vi em nenhum momento essas pessoas atacarem o centro do problema no País que é o custo Brasil, a carga tributaria, os juros e o Estado inchado, promovido por esse governo neo-chavista. Como trabalhar sem maquinas, e sua intervenção foi extremamente pertinente na fala do senhor Lacki no programa do dia 23/3, na primeira edição. A maior deficiência dos produtores sérios no país é em relação à tecnologia e infra-estrutura, redutores de custos comprovados e potencializadores de produtividade. Nossa frota é defasada, com media de vida alta, o que acarreta em perdas e ineficiência.

    As únicas cooperativas que funcionam no país são as cooperativas/empresas que são administradas como um empresa privada, dividindo lucros e prejuízos, o resto é conversa castrista.

    O problema do preço das maquinas é a carga tributaria brasileira, como um GPS agrícola que custa aqui 18,000 reais, mas no Paraguai custa 8,000 reais e nos EUA 3,000 reais, sendo o mesmo aparelho..., assim ocorre com tratores, colhedoras, carros, entre outros produtos.

    Não me esqueço de uma entrevista do deputado Luiz Carlos Heinze (PP/RS) sobre o peso dos impostos nas maquinas agrícolas. Ele mostrou uma nota de uma colhedora fabricada na fabrica da AGCO em Santa Rosa RS, que exportada para o Uruguai custava algo em torno de 63 mil dólares (na época do dólar estava 1,6 R$), a mesma maquina no Brasil custa 350 mil reais. Isso ninguém critica, por isso acho engraçado como a turminha politicamente correta, que defende bandidos e ataca o setor produtivo apenas com ideologias baratas (Greenpeace, FAO, ONU), etc., tem tomado espaço na mídia focada no agronegocio. Lastimável.

    Criticar o mercado aberto, como fez o senhor Marcelo Lüders da Correpar, exigindo intervenção estatal (como ele sugeriu em relação aos supermercados) é uma afronta à economia de mercado e aos direitos individuais..., a Venezuela faz isso e olhe a situação caótica. O mercado deve se auto- regular, por isso é um atentado contra a democracia esse tipo de sugestão. Se os supermercados tem margens maiores, cabe ao setor se organizar e negociar. Pedir intervenção estatal em uma democracia é começo do fim para todos. Se não tivéssemos aberto o mercado em 1990 ainda estaríamos andando em carros carburados, falando em telefones analógicos e a internet seria um sonho distante hoje.

    Como grande fã seu João Batista, não podia me calar diante de certas bobagens proferidas por seus entrevistados.

    ADM. Guilherme Frederico Lamb

    AgroEstiva

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