Comentário na notícia "Trigo recua no mercado internacional e pressão de entrada de safra no Brasil começa a derrubar cotações no mercado interno -- Concordo em boa parte dos comentários do Sr. Ângelo, mas estamos falando de mercado, livre concorrência e isto afeta todas as atividades, morangos, tomates, alface, leite, arroz...todo o agro e todo o resto. Tenho sido uma voz nas reuniões pedindo que as pessoas lembrem do trigo antes que ele esteja na altura da cintura, que tenhamos um planejamento estratégico para produtos estratégicos. Na minha opinião alimentos são estratégicos, especialmente aqueles que vão diretamente para a mesa das pessoas. O que ocorre, via de regra, é que a intervenção estatal como aquisições, resultam em estoques comprometidos ou desviados. O governo acaba vendendo politicamente e não estrategicamente. Quando temos instrumentos de comercialização, os setores sentem-se prejudicados, de um lado os produtores alegando que não recebem o combinado e de outro as empresas que não recebem no prazo combinado e isto vai gerando gatilhos nos preços das operações. A situação é mais frustrante quando o mercado cai, mas e quando o mercado pagou R$1000,00/ton de trigo? alguém socorreu a indústria? quando os preços dos produtos agrícolas sobem muito...qual a proteção que a sociedade tem? é neste ponto que o setor está frágil. No Brasil somente 10% da renda é destinada para alimentação, então existe ainda um espaço para que as pessoas cortem outros gastos antes de racionar os alimentos mais caros. Agradeço os comentários, sempre é bom poder compartilhar as experiências em alto nível! Obrigado! Marcelo De Baco.
Comentário na notícia "Trigo recua no mercado internacional e pressão de entrada de safra no Brasil começa a derrubar cotações no mercado interno -- Concordo em boa parte dos comentários do Sr. Ângelo, mas estamos falando de mercado, livre concorrência e isto afeta todas as atividades, morangos, tomates, alface, leite, arroz...todo o agro e todo o resto. Tenho sido uma voz nas reuniões pedindo que as pessoas lembrem do trigo antes que ele esteja na altura da cintura, que tenhamos um planejamento estratégico para produtos estratégicos. Na minha opinião alimentos são estratégicos, especialmente aqueles que vão diretamente para a mesa das pessoas. O que ocorre, via de regra, é que a intervenção estatal como aquisições, resultam em estoques comprometidos ou desviados. O governo acaba vendendo politicamente e não estrategicamente. Quando temos instrumentos de comercialização, os setores sentem-se prejudicados, de um lado os produtores alegando que não recebem o combinado e de outro as empresas que não recebem no prazo combinado e isto vai gerando gatilhos nos preços das operações. A situação é mais frustrante quando o mercado cai, mas e quando o mercado pagou R$1000,00/ton de trigo? alguém socorreu a indústria? quando os preços dos produtos agrícolas sobem muito...qual a proteção que a sociedade tem? é neste ponto que o setor está frágil. No Brasil somente 10% da renda é destinada para alimentação, então existe ainda um espaço para que as pessoas cortem outros gastos antes de racionar os alimentos mais caros. Agradeço os comentários, sempre é bom poder compartilhar as experiências em alto nível! Obrigado! Marcelo De Baco.