Pertinente essa questão levantada sobre a conjuntura atual Eduardo, muito mesmo: \"Acredito que o Agro ingressou num período extremamente conturbado, fruto do elevado endividamento do setor, de vários erros de Gestão e de uma série de outros agravantes. Esta conjuntura deverá forçar uma mudança drástica na postura de todos os participantes do setor. Temos que encarar isso de frente e buscarmos o quanto antes as soluções.\" Nesses momentos precisamos a analisar e identificar os erros e causas que nós levaram até essa situação calamitosa e não esquece-los jamais, que essas crises sirvam para nos educar. \"Quem não recorda o passado está condenado a repeti-lo.\" Jorge Santayana.
(Eduardo, eu fico agradecido pela oportunidade de ter uma conversa tão enriquecedora contigo no sábado, sinto-me honrado. Como o Wellington exemplificou, no caso do seguro automotivo que funciona relativamente bem, dentro da realidade brasileira (burocracia, tributos), mas porque é praticamente todo baseado no livre mercado, na oferta e demanda, na concorrência. O seguro auto é gerido pelo mercado e suas leis, sem interferência estatal e PRINCIPALMENTE SEM \"OBRIGATORIEDADE\" DE CONTRATAÇÃO. Como tu descreveu, digo que precisamos copiar modelos que funcionam se quisermos ter um seguro rural prático e efetivo. Só assim o produtor vai abraçar o produto \"seguro rural\", quando ele vir claramente que o mesmo funciona e lhe é benéfico. Quanto ao estado/GOVERNO como tu já disseste, MUITO AJUDA QUEM NÃO ATRAPALHA.)
Caro Wellington, descreveu primorosamente a nossa realidade, só vou discordar da parte que o senhor afirmar \"não ser tão inteligente como...\", a clareza, a logica e objetividade baseada em fatos demonstra que o senhor é tão inteligente ou mais... A conclusão do senhor em vossa fala é exatamente o que sinto, muitas vezes estamos demasiadamente desgastados, minados e ou saturados por além de ter que exercer a enorme gama de funções que a atividade exige, temos ainda que lutar contra o Estado que insiste em nós atrapalhar durante todos os processos produtivos.
Vejam o caso do meu dia de hoje, é exemplo do que o senhor Wellington disse, pela manhã precisei organizar as atividades do dia na propriedade, depois fui ler os e-mails e noticias, por volta das 11:00 fui resolver um problema de falha de projeto em um implemento agrícola, retornei a fazenda as 13:00. resolvi algumas questões referentes a uma operação de correção de solo, depois verifiquei alguns conteúdos na internet, inclusive o comentário que fiz acima as 15:20, depois disso estrada ate o cartório na sede do município, seguindo com um contrato ate o banco em município vizinho, onde acabei ficando ate as 17:40. Agora estou aqui novamente. As vezes perco dias com burocracia, na estrada indo de um cartório para outro, levando de cartório para banco após alguns dias quando sai o registro e nesse processo todo tenho os custos do quilometro rodado do veiculo, de alimentação e fora o precioso tempo que perco com essas burocracias que poderia estar sendo bem empregado no planejamento e operações da fazenda, ou mesmo em treinamento de coisas importantes como comercialização e mercado.
Novamente, nada contra terceirização em si, ela tem que ser livre, sem leis que proíbam qualquer tipo de terceirização. Cada um faz o que achar melhor, no meu caso, avaliando e comparando os custos e benefícios entre próprio e terceirizado nas operações, o retorno da operação própria é muito mais lucrativo. Terceirizo a parte de analises de solo para Apagri, há uma década pelo menos. Essa se mostra viável pois o modulo que planto é totalmente incompatível com investimento necessário para se fazer a coleta, analise, processamento de dados e geração de receitas de solo e tecidos vegetais. Meu modulo precisaria ser exponencialmente maior para ter essa operação exclusiva, mas no meu caso é uma exceção.
Pertinente essa questão levantada sobre a conjuntura atual Eduardo, muito mesmo: \"Acredito que o Agro ingressou num período extremamente conturbado, fruto do elevado endividamento do setor, de vários erros de Gestão e de uma série de outros agravantes. Esta conjuntura deverá forçar uma mudança drástica na postura de todos os participantes do setor. Temos que encarar isso de frente e buscarmos o quanto antes as soluções.\" Nesses momentos precisamos a analisar e identificar os erros e causas que nós levaram até essa situação calamitosa e não esquece-los jamais, que essas crises sirvam para nos educar. \"Quem não recorda o passado está condenado a repeti-lo.\" Jorge Santayana.
(Eduardo, eu fico agradecido pela oportunidade de ter uma conversa tão enriquecedora contigo no sábado, sinto-me honrado. Como o Wellington exemplificou, no caso do seguro automotivo que funciona relativamente bem, dentro da realidade brasileira (burocracia, tributos), mas porque é praticamente todo baseado no livre mercado, na oferta e demanda, na concorrência. O seguro auto é gerido pelo mercado e suas leis, sem interferência estatal e PRINCIPALMENTE SEM \"OBRIGATORIEDADE\" DE CONTRATAÇÃO. Como tu descreveu, digo que precisamos copiar modelos que funcionam se quisermos ter um seguro rural prático e efetivo. Só assim o produtor vai abraçar o produto \"seguro rural\", quando ele vir claramente que o mesmo funciona e lhe é benéfico. Quanto ao estado/GOVERNO como tu já disseste, MUITO AJUDA QUEM NÃO ATRAPALHA.)
Caro Wellington, descreveu primorosamente a nossa realidade, só vou discordar da parte que o senhor afirmar \"não ser tão inteligente como...\", a clareza, a logica e objetividade baseada em fatos demonstra que o senhor é tão inteligente ou mais... A conclusão do senhor em vossa fala é exatamente o que sinto, muitas vezes estamos demasiadamente desgastados, minados e ou saturados por além de ter que exercer a enorme gama de funções que a atividade exige, temos ainda que lutar contra o Estado que insiste em nós atrapalhar durante todos os processos produtivos.
Vejam o caso do meu dia de hoje, é exemplo do que o senhor Wellington disse, pela manhã precisei organizar as atividades do dia na propriedade, depois fui ler os e-mails e noticias, por volta das 11:00 fui resolver um problema de falha de projeto em um implemento agrícola, retornei a fazenda as 13:00. resolvi algumas questões referentes a uma operação de correção de solo, depois verifiquei alguns conteúdos na internet, inclusive o comentário que fiz acima as 15:20, depois disso estrada ate o cartório na sede do município, seguindo com um contrato ate o banco em município vizinho, onde acabei ficando ate as 17:40. Agora estou aqui novamente. As vezes perco dias com burocracia, na estrada indo de um cartório para outro, levando de cartório para banco após alguns dias quando sai o registro e nesse processo todo tenho os custos do quilometro rodado do veiculo, de alimentação e fora o precioso tempo que perco com essas burocracias que poderia estar sendo bem empregado no planejamento e operações da fazenda, ou mesmo em treinamento de coisas importantes como comercialização e mercado.
Novamente, nada contra terceirização em si, ela tem que ser livre, sem leis que proíbam qualquer tipo de terceirização. Cada um faz o que achar melhor, no meu caso, avaliando e comparando os custos e benefícios entre próprio e terceirizado nas operações, o retorno da operação própria é muito mais lucrativo. Terceirizo a parte de analises de solo para Apagri, há uma década pelo menos. Essa se mostra viável pois o modulo que planto é totalmente incompatível com investimento necessário para se fazer a coleta, analise, processamento de dados e geração de receitas de solo e tecidos vegetais. Meu modulo precisaria ser exponencialmente maior para ter essa operação exclusiva, mas no meu caso é uma exceção.