Fala Produtor - Mensagem

  • Alexandre gerhardt Porto alegre - RS 19/12/2016 08:39

    Ok. Mas o que dizer dos hortifrutos vendidos na ceasa em porto alegre, onde encontraram mais de 70,,% dos alimentos com agrotoxicos acima dos niveis permitidos, totalmente contaminados e , na maioria, com uso proibido no brasil!!?? A maioria dos produtores rurais convencionais e de produtos transgênicos esta' focado no lucro, não se preocupa quem vai comer. Alimentação e' questão de COnsciência. Na china comem cachorro e golfinho,...no japão ainda matam baleias... mais da metade da população não sabe a que veio ao planeta, acham coca cola o maximo .... e por ai vai. sou produtor rural de soja milho e trigo, e jamais comeria minha soja de tanta " tecnologia" (leia se venenos e fungicidas) que vai nela... estou fazendo testes com organicos pela primeira vez em escala e faz muito mais sentido comer alimentos sem veneno...agora, vivemos em um mundo de livre arbitrio, cada um com sua consciência, que se respeitem todos...

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    • domingos de souza medeiros Dourados - MS

      Entre o ideal e o possivel, vamos ficar com o segundo desde que usado com conciencia e sujeito a uma rigorosa fiscalizacao, o que estariamos sonhando outra vez: a comida para todos ou para alguns?

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    • Fernando Engler Palotina - PR

      A resposta a essa pergunta é longa, Sr. Alexandre, e que fique bem claro que não tenho nada com empresas de agroquímicos... Temos dois problemas identificados em relação aos "excessos" de resíduos de agrotóxicos nos alimentos... O primeiro é quanto à presença de produtos "proibidos", o que na verdade é fruto da burocracia brasileira, que exige milhões de testes já feitos mundo afora, e como são caros, acabam não sendo "refeitos" no Brasil para as culturas menos populares, o que limita o registro dos agroquímicos às culturas mais volumosas - o resultado é que o mundo inteiro usa determinados produtos em diversas culturas e nós não podemos utilizar porque não foi registrado... O segundo ponto é em relação aos resíduos de produtos liberados para determinadas culturas estarem acima do limite tolerado, caso que o Sr. citou... Nesta situação o Brasil peca pelo excesso do excesso, pois ele exige uma "margem de segurança" de 1.000 vezes... Isso mesmo... Parece piada mas é a verdade... Brasil sil sil... A conta do resíduo aceito como tolerável é feita assim: se determinado produto se come em média 100 g/dia no Brasil sil sil, eles presumem que algum maníaco coma até 1 Kg/dia, acham o valor de resíduo seguro para quem come 1 Kg/dia durante toda a sua vida e depois dividem esse valor por 100!!! Este é o valor liberado de resíduo no alimento, com margem de segurança de 1000 vezes - os medicamentos a margem de segurança às vezes não chega a 1... E como há excesso de precaução às vezes acaba aparecendo mais resíduo do que o liberado "oficialmente"... Mas veja, no caso do seu exemplo, 70% acima do liberado" significa 1,7% do resíduo seguro de ser consumido todo dia durante toda a sua vida... Porém, isto não quer dizer que por isso devemos utilizar os defensivos agrícolas de maneira indiscriminada, além de sermos responsáveis, queremos ganhar dinheiro (como qualquer outra atividade), e para ganhar dinheiro precisamos gastar o mínimo necessário de defensivos agrícolas...

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    • Alexandre gerhardt Porto alegre - RS

      Ola Fernando. Obrigado pela mensagem. O produtor deve assumir esta responsabilidade, ja' vi produtores colocarem remedio de uso veterinario para matar "tamandua da soja" no auge de infestações... pra matar...segue link de materia sobre uso indiscriminado de agrotoxicos do grupo rbs aqui do Rio grande.

      https://www.google.com.br/amp/am.zerohora.com.br/amp/8614068/ceasa-vende-alimentos-com-agrotoxico-proibido-inadequado-ou-acima-do-permitido?client=safari

      Quanto aos orgânicos creio que o poder esta' na mão dos consumidores, poder inerente a todos nós. Por enquanto são nichos de mercado que rendem bons negocios. O futuro dira'.

      Forte abraço e obrigado aos noticias agricolas por este espaço fantástico.

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    • Renato Luiz Hannisch Santa Maria - RS

      Bem, fazem uns 26 anos que saí do campo e moro na cidade. O que eu quero quando vou ao mercado? Comida disponível e por preço acessível. De preferência, o melhor e mais barato possível.

      O orgânico nem sempre é o mais bonito aos olhos. O preço, inacessível para massa populacional. Além disso, não há produção suficiente.

      O melhor orgânico, a meu ver, ainda é aquele que eu mesmo posso produzir no meu quintal. Mas isso não é tudo! E, mesmo que produzisse tudo que necessitasse, tenho que reconhecer que não é o caso dos meus vizinhos, que moram em um prédio, pagam caro pela água e, não tem tempo nem pra lavar a própria louça o que os leva a se alimentar fora todos os dias. Essa é a realidade de muitos e muitos. A última coisa que muitos estão se perguntando é: qual o nível de agrotóxico dessa cenoura, deste tomate ou daquele arroz? Só quem planta sabe quanto custa produzir. Sem agrotóxico, em larga escala, não vejo que haja alimentos para todos.

      Moral da história: ruim com agrotóxico, pior sem ele...

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    • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR

      Muito em breve a verdade sobre os defensivos agrícolas chegará á população. Neste dia o consumidor exigirá um alimento seguro. Se eu falasse aqui, tres anos atrás, que a margarina faz mal para o coração, muitos me taxariam de louco. Pois bem, já neste ano de 2016 a margarina foi banida para consumo humano nos EUA. Por aqui ainda fazem propaganda de margarina como remédio para o coração. A carga de defensivos nos alimentos é muito grande. Sou agricultor e sei do que falo. O que dizer do feijão, que é dessecado com produtos faixa vermelha e colhido sem respeitar a carência? O mesmo com a soja. Também estão dessecando milho e trigo. Não sei falar de outras culturas que não produzo. Animais confinados ingerem antibióticos (ionóforos) na ração diariamente. Somente se respeita a carência de antibióticos no leite quando tem fiscalização na entrega. E por que o agricultor faz isso? Ele faz para obter melhores resultados, para produzir mais e mais rápido. Foi dito que o consumidor quer alimento o mais barato possível e com a melhor qualidade possível. Infelizmente isso é raro de conseguir, bom e barato. Em países miseráveis como o Brasil, onde o preço do alimento pode causar fome, a qualidade e segurança vem em segundo lugar. Os órgãos de controle sabem disso, mas se forem fiscalizar não sobra comida no mercado. É a triste realidade. Nos países mais desenvolvidos onde o preço do alimento não impacta tanto no orçamento doméstico, o controle é rigoroso e muitos nos defensivos usados aqui são proibidos por lá.

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    • marcio aldir graf Manoel Ribas - PR

      o Sr Fernando tem razão ao fazer seu comentário...acessem e leiam o artigo inteiro, a própria frente parlamentar da agropecuária divulgou esses dados..http://www.beefpoint.com.br/cadeia-produtiva/espaco-aberto/bravatas-sobre-a-agropecuaria-brasileira-por-marcos-jank-e-mauricio-nogueira/

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    • EDMILSON JOSE ZABOTT PALOTINA - PR

      Mesmo com todas estas informações e criticas aos produtos tradicionais não orgânicos a expectativa de vida do ser humano vem aumentando ano após ano , tanto que o governo federal quer aumentar o tempo de contribuição p futura aposentadoria . Será que os produtos tradicionais fazem tanto mal assim .

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Acho válidas as discussões sob "pontos de vista".

      Daí o assunto ser classificado como "polemico", pois as verdades dos dois lados são, simplesmente, relativas. Ocorre que os argumentos usados são, na sua maioria, produzidos por ideologias. ... Tomemos como exemplo: Ruim com agrotóxicos, pior sem ele. ... Imaginem, só imaginem... que o progresso da humanidade chegue a um nível de desumanização, predestinando aqueles indivíduos que vão nascer com genes, onde na idade adulta vão apresentar doenças e, para evitar esse alto custo do tratamento a sociedade, permite-se que sua morte seja facilitada já no inicio de sua vida. Veja é um conceito onde se sacrifica uma minoria para privilegiar a maioria. ... O fato é que: DA MISSA NÃO SABEMOS UM TERÇO !!!

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    • Domenico Marcelo Raffaele Três Passos - RS

      Assunto polemico que pede bastante leitura em materiais confiáveis, sem viés partidário, e desenvolvido com intuito de de corroborar com a transição que agricultura vem passando para se adequar à realidade que nos encontramos. Seria ilógico não reconhecer que a ingestão de agroquímicos,mesmo que liberada por instituições pertinentes ao ato, provoca danos contra a saúde, não só do humano, como de toda parte do ecossistema. A bioacumulação de moléculas derivadas dos agroquímicos nos organismos do ecossistema é fato, e precisa ser considerada. Reconheço que a necessidade de produção para suportar a demanda atual não viabiliza a "produção orgânica" como mantenedora, e que a adequação de sistemas tradicionais para sistemas menos agressivos é complexa e se encontra em estudo pelo mundo, não existindo um modelo pronto que gere resultados satisfatórios. Dentro desse base é que tento compreender e faze compreender que é necessária a mudança para nosso próprio bem. Sistemas mais sustentáveis e sem a utilização massiva de agroquímicos devem ser desenvolvidos de forma que supram a necessidade de produção para abastecer a demanda e não prejudique o meio em que esta inserido, não somente na atualidade, mas como para gerações futuras. Como li a poucos dias atras, mas não me recordo da referencia, "a palavra sustentabilidade já é clichê, e deve ser repensada em seus mais diferentes atributos, tornando sua compreensão mais praticamente ativa e seu resultado mais palpável. Passar por essa fase, requer a quebra de paradigmas, requer imparcialidade na compreensão dos resultados estatísticos, requer disposição e força de vontade de querer um mundo melhor, onde o mais importante esta completamente a parte do capitalismo sem rédias que atualmente tem as rédias da maioria de tomada de decisões importantes para população do planeta.

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