Fala Produtor - Mensagem

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC 24/12/2016 05:38

    Amigos, tenho guardado em outro computador (que pifou, por isso não o consigo mais acessar), um único trabalho, digamos, cientifico sobre o problema da não convergência de preços entre os contratos futuros e o preço fisico. Já não lembro mais das conclusões a que o sujeito que fez o trabalho chegou e não posso le-lo novamente, mas lembro que é um trabalho muito bom. Por ele consegui entender o que acontece quando um produtor vende contratos para se proteger e o preço do contrato fica maior que o fisico no vencimento. Vamos supor que ele tenha pensado que os preços cairiam e resolveu vender ao preço de 10 reais no futuro. Então se o preço subir ele tem que depositar margem, se cair receber margem. Como ele está vendido, se o preço subir ele vende o trigo no fisico e paga a margem, recebendo o preço que ele queria. Se o preço cair, ele vende o trigo no fisico e recebe a margem também recebendo o preço que queria. Mas se o preço no fisico cai e no futuro não? Exatamente, ele perde a proteção e leva prejuizo, sendo possivel que aconteça o prejuizo nas duas pontas. Vende o trigo abaixo do contrato futuro e não recebe a margem, ou em um caso pior, tem que vender mais barato e pagar margem. Há muito tempo penso em uma explicação para isso, e a melhor resposta que tenho até agora é que isso se deve à intervenção governamental. Não existem mais arbitragem, o mercado é regulado para dar segurança aos investidores, o preço depende hoje muito mais das declarações de autoridades públicas, taxas de juros e de cambio, do que do equilibrio do mercado formado pelos agentes, vendedores, compradores, etc... Essa é uma distorção de preços pouco estudada, mas com quase certeza provocada pelos burocratas do governo. Quanto mais intervenção pior fica para trabalhar em todas as áreas. Quando um politico diz: Estamos trabalhando por tal e tal classe, para melhorar isso, isso e aquilo, podem saber, vai piorar e muito.

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Sr Rodrigo por favor indique livros que tratam desse assunto de comercializaçao

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    • Bertholdo Fernando Ullmann Patos de Minas - MG

      Rodrigo, eu percebo que essa distorção de preço futuro com físico podem ocorrer por dois motivos, são eles: frete, no caso do Brasil, é um grande motivo dessas disparidades. Sazonalidades regionais de oferta e demanda também. Fazer a trava de preços direto nos mercados futuros é praticamente inviável para os produtores, pois gera muitos custos financeiros para o mesmo. As opções seriam a melhor saída, mas a liquidez ainda é ridícula. Sobra o que? Fazer a trava com os grandes compradores sem custos financeiros diretos. Agora, se é difícil para os americanos fazer essa trava, onde o custo do frete é infinitamente menor que o nosso, imagina nós aqui? Quanto ao governo, só vai piorar, infelizmente.

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Bertholdo, você está certo em suas colocações, mas no caso do artigo o preço deveria convergir no vencimento, o preço em Campinas deve ser o mesmo do contrato da BMF no dia do vencimento. É quando há a liquidação financeira do contrato. Ou o preço da BMF converge para o preço base Campinas ou o preço Campinas converge para o preço BMF. O preço no dia do vencimento do contrato deve ser o mesmo na BMF e em Campinas, caso contrário causa distorções na "trava". Para que o produtor consiga exito na trava os preços precisam convergir. É uma pena não conseguir acessar aquele trabalho que tenho arquivado.

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Sr. Meloni, bem que gostaria mas sobre esse assunto tenho um único trabalho que arquivei em um computador que pifou e não levei ainda para retirar os arquivos. É escrito em inglês, procurei no google mas infelizmente não encontrei. Agora puxando a memória acho que era sobre a não convergência nos contratos de trigo, creio ser algum mecanismo financeiro que distorce os preços. Realmente não lembro.

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