Fala Produtor - Mensagem

  • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG 27/12/2016 14:29

    Santa Catarina poderia produzir mais milho... para isto precisa de preço.. ora por que PREÇO??/...conheço e vivi este mercado desde 75 e afirmo que as AGROINDUSTRIAS sempre fizeram seus resultados anuais pagando milho e o porco a PREÇO DE BANANA... resultado disto... acabaram com a suinocultura de ciclo completo na pequena e media propriedade... e desta forma estes produtores foram para o leite que o Speis fala... e a produção de milho com baixos preços fica travando o aumento da produção... neste ano acordaram com milho a R$ 60,00... ou seja, a água bateu na bunda... trabalhei 10 anos na Seara e quase 15 na Perdigão... quem era o diretor de compras ma época hoje produz leite em Catanduvas e trabalhou na ACARESC em Concórdia... então eu sei o que estou escrevendo... ou seja, usam o milho local para baixar o preço médio de compra... esta é a verdade.

    Caro João... frete é mercado... é um dos poucos serviços que quem determina preço é oferta e demanda... então aquela balela do governo definir fretes mínimos é balela PURA.. não funciona na prática.. e falo com conhecimento de quem negociou em nome das agroindustrias de SC (Sindicarne) representando todas elas por uns 8 anos frente aos sindicatos de transportadores.

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    • Luiz Alfredo Viganó Marmeleiro - PR

      A agroíndustria catarinense chora quando o milho remunera o produtor, e tripudia do mesmo comprando milho barato no Centro Oeste e no Paraguai. Só usam o produtor catarinense e paranaense da "safra de verão" pra formarem os primeiro estoques de janeiro até março, comprando da mão pra boca, esperando a superprodução da "safrinha" mato-grossense. Ai junta o choro dos barões do agro do MT com o choro dos barões da agroindustria, e o velho estado patrimonialista cede, subsidia o produtor com o preço mínimo e a industria com o frete, créditos tributários e outras jogadas dos espertalhões pra trazer esse milho até o Sul. Ao agricultor catarinense que ainda se atreve a planta milho sobra o custo elevado de produção e o risco climático, pois só lavoura acima de 9000 kg/há remunera uma lavora de milho com investimento tecnológico. Mas a resposta do produtor está sendo dada nas últimas safras, com o plantio de milho sendo restrito pra quem faz silagem ou agricultores mais tecnificados que o fazem por questão agronômicas,com 80/90 % das áreas dedicadas ao plantio de soja.

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