Fala Produtor - Mensagem

  • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR 28/05/2018 21:48

    Todos concordam que somos roubados diariamente pelo governo atual e pelos anteriores. Pagamos impostos escandinavos e recebemos serviços africanos. É necessário protestar, reclamar, fazer greve. Não podemos aceitar calados sermos tosquiados como ovelhas. Mas o que está acontecendo não é greve, não é protesto. O que vemos é cárcere privado. É a retirada do direito mais básico de todos, o direito de liberdade. A verdade é que a grande maioria dos motoristas está parada por que foram obrigados . Foram e estão sendo ameaçados por outros motoristas. Ninguém me contou. Eu vi. Eu mesmo fui impedido de buscar ração para meus animais, com meu caminhão, com meu combustível. Me desculpem os que querem começar uma revolução imaginária, mas eu ficarei do lado dos mais fracos. Aqueles produtores de leite que estão jogando fora sua produção. O produtor de hortifrutis que estão perdendo a safra,os criadores de aves e suínos que não tem como alimentar seus animais pois os caminhões de ração estão retidos. Podem falar que deixam passar, mas não é totalmente verdade. Cada bloqueio tem seu líder e suas regras. Eu passei em bloqueio que estavam vasculhando porta mala de carro para saber se estavam transportando alguma coisa. Faço um desafio a você, que diz que perdas sempre ocorreram, que isso é para um bem maior. Você produtor de grãos, que no momento tem toda sua safra colhida e guardada, que está no pico da entre safra, e nada tem para fazer na lavoura: para cada dia de paralisação, desde segunda feira passada, leve 100 sacas de soja ou 200 de milho e jogue na estrada. Ateie fogo. Você, pecuarista, pegue um boi gordo e sacrifique ele no asfalto, e toque fogo. Você, motorista de caminhão, compre um pneu novo todo o dia, e queime no protesto. Dai então chame o produtor de leite para apagar o incêndio. Ele irá apagar com o maior prazer. Não venham com a hipocrisia do discurso de que todos perdem, se você não sente no bolso a perda. Você comerciante, que em apoio ao sequestro cometido, fecha as portas do seu estabelecimento durante uma hora, ou do restaurante que fecha depois das 15:00 horas e diz que apoia o movimento. Seja corajoso, e funcione durante uma semana sem cobrar pelas vendas. É assim que o granjeiro se sente. Vamos valentes.

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    • Americo Cardoso Fernandes Jesuítas - PR

      parabéns pelo seu comentário...

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