Soja: Exportações norte-americanas impulsionam Chicago
Publicado em 28/02/2013 18:53
e atualizado em 28/02/2013 22:39
Na sessão desta quinta-feira (28), os futuros da soja encerraram com altas de dois dígitos na Bolsa de Chicago. Os principais contratos da commodity fecharam com ganhos entre 9,25 e 16,75. O vencimento maio, referência para a safra brasileira chegou a US$ 14,52/bushel.
Para o analista de mercado da New Edge, Daniel D’Ávilla, o principal fator que exerceu influência positiva nos preços foram os números de exportações semanais norte-americanas, que vieram acima da expectativa do mercado. Segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) as vendas líquidas semanais de soja dos EUA da temporada 2012/13 somaram 689.000 mil toneladas na semana encerrada no dia 21 de fevereiro. O principal comprador do grão foi a China com 474.800 mil toneladas.
Do mesmo modo, a nação asiática foi a principal compradora da safra nova 2013/14 com 350.000 mil toneladas, das 482.000 exportadas no mesmo período. Ainda hoje, o departamento norte-americano reportou a venda de 123 mil toneladas de soja em grão para a China, para serem entregues na temporada 2013/14. O analista destaca que com a demanda pela soja norte-americana mais aquecida, o mercado de commodities agrícolas tem se mantido sustentado.
“Além disso, começaram rumores no mercado que alguns destinos estariam trocando a origem, trocando produto brasileiro por produto dos EUA, em função dos problemas logísticos no Brasil. Essa situação compromete parte dos estoques norte-americanos que já estão apertados. E até o momento, o país já exportou 95% do volume projetado para esse ano comercial”, explica D’Ávilla.
No entanto, com o a normalização dos embarques pelos portos brasileiros e a safra da Argentina entrando no mercado a tendência é que haja uma pressão sazonal nos preços em Chicago. Já no curto prazo o mercado ainda é altista, uma vez que o Brasil ainda não está sendo ágil no escoamento da safra, conforme disse o analista.
“O mercado ainda precisa romper o patamar de resistência técnica e psicológica dos US$ 15/bushel. Mas toda vez que os preços se aproximam desse valor os fundos começam a liquidar as suas posições”, relata D’Avilla.
E a partir de abril, a tendência é que o mercado internacional de grãos passe a observar o início do plantio nos Estados Unidos. O analista sinaliza que após um ano de seca, normalmente o ano seguinte não se recupera totalmente. “Os números da safra sulamericana são grandes o que daria para manter o mercado mais calmo, mas ainda vamos depender da situação climática no hemisfério norte”, acredita o analista.
Confira como ficaram as cotações dos grãos no fechamento desta quinta-feira:
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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas
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Esse motivo de escoamento precário é mais uma ferramenta para o atravessador GANHAR MAIS e o produtor ser mais uma vez penalizado por algo que 'os outros' não fizeram. O grande motivo pela qual a China prefere o produto americano é pelo simples fato desta ser a maior credora dos EUA. A Argentina iniciou com uma projeção de safra de 54 milhões de ton. e agora esses números estão se reduzindo para 48 milhões. Acredito que os EUA irão fazer uma boa safra, pois, à dois anos não colhem bem. Mas, os estoques mundiais continuarão baixos. Além do que a safra brasileira de soja em 2013 será abaixo do normal devido a estiagens em varias partes do país.