Soja: em Chicago e no mercado brasileiro preços seguem estáveis
Os futuros da soja fecharam o pregão regular desta terça-feira (28) de forma neutra na Bolsa de Chicago. O mercado registrou uma sessão bastante calma e, como explicou Stefan Tomkiw, analista de mercado da Jefferies Corretora, de liquidez baixa e volume de negócios reduzido.
No mercado brasileiro, os preços ainda são favorecidos pela alta do dólar. A moeda norte-americana, nesta terça-feira, subiu 0,02% fechou valendo R$ 2,4265. Assim, no porto de Rio Grande a saca de soja ficou estável em R$ 70,00 e, no porto de Paranaguá, R$ 67,50.
No curto prazo, as cotações se mantêm sustentadas pelo quadro de oferta e demanda. Os estoques nos Estados Unidos estão muito ajustados, há uma escassez de produto, porém, a demanda mundial mantém seu ritmo acelerado, já conhecido pelo mercado, e não dá sinais de desaquecimento.
Por outro lado, os traders e investidores observam também a chegada da nova safra da América do Sul ao mercado. Para o Brasil e para a Argentina há expectativas de safra recorde e o clima, de forma geral, é favorável ao desenvolvimento das lavouras e também da colheita, que já foi iniciada em algumas regiões produtoras.
"Pode haver uma pressão nos preços mais adiante com essa nova safra sulamericana", explica Tomkiw. E outro fator que poderia pesar sobre os preços são mais cancelamentos de compras de soja dos Estados Unidos caso sejam oficialmente reportados. "O mercado não tem mais impulso altista porque novos cancelamentos não têm sido divulgados", completa.