Soja inicia a semana com forte alta na CBOT; grãos acompanham
A semana começa com fortes altas para a soja no mercado internacional. No pregão eletrônico desta segunda-feira (3), por volta das 8h30 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa subiam mais de 10 pontos nos contratos mais negociados e o maio/14, referência para a safra do Brasil, valia US$ 14,32 por bushel, com alta de 18,25 pontos, mas as altas chegaram a passar de 30 pontos na mnahã de hoje. O milho e o trigo acompanhavam o forte avanço e também registravam ganhos específicos.
Os fundamentos parecem continuar ditando a direção dos preços na Bolsa de Chicago. O mercado ainda observa com atenção a escassez de soja nos Estados Unidos com muita preocupação, uma vez que a oferta na América do Sul também está comprometida por conta de condições de clima adverso nos principais países produtores.
No Brasil, as àreas produtoras sofrem perdas ou por conta da estiagem do início do ano, principalmente em estados do Centro-Sul brasileiro e, no Mato Grosso, ao mesmo tempo, a colheita é comprometida por conta do excesso de chuvas.
Paralelamente, a demanda não dá sinais de desaquecimento frente à esse quadro. O foco dos importadores agora é garantir seu produto na origem onde a oferta está disponível, o que faz com que as vendas norte-americanas sigam acontecendo em um ritmo bastante acelerado.
A atual projeção do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) é de que o país exporte na safra 2013/14 41,1 milhões de toneladas. No entanto, o volume de soja comprometido já passa de 43 milhões de toneladas e os embarques efetivos já somam mais de 35 milhões de toneladas e o ano comercial se encerra somente em agosto.
Nesta segunda-feira, o departamento atualiza seu números de embarques semanais no relatório de inspeções de exportações. O mercado aguarda pelos dados e, de acordo com analistas, parece já acreditar em um volume expressivamente maior de soja embarcada pelos EUA no acumulado da temporada.
Milho e Trigo - Os futuros do trigo sobem aos mais altos patamares de preço em 17 meses e os do milho alcançam os valores mais expressivos desde setembro na Bolsa de Chicago nesta segunda-feira. Segundo analistas ouvidos pela agência internacional Bloomberg, a forte alta registrada pelos grãos se dá por conta das tensões vividas na Ucrânia, importante exportadores de ambos os produtos.
A Ucrânia, que deveria ser a terceira maior exportadora de milho deste ano e aumentar suas exportações de trigo de 7,1 milhões para 9,5 milhões de toneladas, mobilizou seus reservas do exército ao passo que a Rússia assumiu o controle da região ucraniana do mar negro na região da Crimeia, intensificando um dos mais graves impasses com os Estados Unidos desde o fim da Guerra Fria.
"A forte agitação entre a Ucrânia e a Rússia está dando forte suporte e aos preços globais dos grãos. A importância da região do Mar Negropara a produção e exportação de grãos no cenário mundial cresceu muito nos últimos anos", disse um analista internacional à Bloomberg.
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