Milho tem forte alta em Chicago com ameaça de guerra na Ucrânia
Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago operam com altas expressivas nesta segunda-feira (3). Por volta das 9h00 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam ganhos de mais de 14 pontos. O vencimento maio/14 era cotado a US$ 4,78 por bushel.
A crise na Ucrânia, um dos principais exportadores de trigo e milho, tem impulsionado os preços de ambas as commodities. Na CBOT, os contratos do milho atingiram os preços mais altos desde setembro de 2013, uma valorização de 3,7%.
Neste domingo, o governo ucraniano afirmou que mobilizará suas reservas do exército para garantir a segurança e integridade do seu território. A medida foi anunciada após a Rússia assumir o controle da região ucraniana do mar negro na região da Crimeia. As informações foram divulgadas pela agência internacional Bloomberg.
Na temporada 2012/13, a Ucrânia foi o quarto maior exportador de milho, atrás do Brasil, Estados Unidos e Argentina. Este ano, a expectativa é que o país ultrapasse os embarques argentinos, totalizando 18,3 milhões de toneladas, segundo projeções do IGC (Conselho Internacional de Grãos).
Além disso, a demanda pelo produto norte-americano permanece aquecida e também exerce pressão positiva aos preços futuros. Na última semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou a venda de 101,6 mil toneladas para destinos não revelados e 284.480 mil toneladas para o México.
Paralelo a esse cenário, a consultoria Safras &Mercado reduziu em 4,43 milhões de toneladas a safra total de milho brasileira. Frente à ausência de chuvas e as altas temperaturas em importantes regiões produtoras, assim como, o excesso de chuvas precipitações, especialmente no Mato Grosso, prejudicaram a safra de verão e ainda atrasa o plantio da safrinha. A colheita do milho deverá totalizar 71,16 milhões de toneladas.
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