Milho: Na CBOT, preços recuam depois das fortes altas das últimas sessões

Publicado em 05/03/2014 12:06

Após as altas intensas registradas durante o início da semana, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam com leves quedas nesta quarta-feira (5). Por volta das 11h55 (horário de Brasília), as principais posições da commodity registravam baixas de pouco mais de 3 pontos. 

Diante do risco iminente de conflito armado entre Ucrânia e Rússia, as cotações futuras atingiram na segunda-feira (3) os patamares mais altos desde setembro de 2013. No último final de semana, as tropas russas assumiram o controle da região da Crimeia na, mas ontem, as divisões receberam ordens de retornar às suas unidades. 

O consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, afirma que o mercado ainda observa a crise política e econômica na Ucrânia. O país é responsável por 16% de todo o milho consumido no mundo e a expectativa é que neste ano sejam exportados mais de 18,5 milhões de toneladas.

“Com os problemas climáticos no Brasil, a Ucrânia se tivesse condições favoráveis seria o segundo maior exportador de milho, atrás dos Estados Unidos. Caso haja problemas com o abastecimento do país, o mundo não tem onde buscar esse produto, consequentemente, os compradores terão que comprar mais milho norte-americano e baixar os estoques”, explica Brandalizze. 

Além disso, as projeções iniciais indicam uma redução na área de milho norte-americana na próxima temporada 2014/15. “E os EUA será único país capaz de suprir a demanda e com uma possível redução na área, o mercado para 2015 poderia ficar ainda mais comprometido. E se a Ucrânia não resolver os problemas poderemos ter um quadro de alta maior para o milho”, acredita o consultor.

Para o consultor em agronegócio, Ênio Fernandes, o milho precisa sinalizar bons preços para não perder mais área para a soja e algodão na próxima safra norte-americana. As outras origens mundiais, como Brasil, Ucrânia e Argentina também apresentam problemas e não está vendendo.

“As origens globais estão com algum problema de fornecimento do grão, isso vai forçar todo mundo ir comprar nos EUA. Essa situação cria uma oportunidade de preços mais altos, os fundos observam esse cenário e entram comprando milho para aproveitar essa insegurança da oferta”, ressalta Fernandes.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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