Soja: Mercado realiza lucros e preços exibem queda de dois dígitos

Publicado em 12/05/2014 12:58

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam do lado negativo da tabela no pregão desta segunda-feira (12). Ao longo das negociações, os as cotações da oleaginosa exibiram perdas mais expressivas, mas reduziram as quedas e, por volta das 12h24 (horário de Brasília), as principais posições da commodity registravam perdas entre 9,75 e 16,50 pontos. O contrato julho/14 era cotado a US$ 14,72 por bushel. 

De acordo com o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, após as altas registradas na última semana, o mercado recua em busca de lucros. "Na última sexta-feira, os preços da oleaginosa subiram o vencimento julho/14 tentou alcançar o patamar de US$ 15,10, porém não conseguiu ultrapassar esse patamar de resistência e recua", explica.

Além disso, o mercado aguarda o novo relatório de acompanhamento de safras dos EUA, que irá indicar o índice de plantio no país e as condições das lavouras, tanto de soja como de milho. O boletim será divulgado no final da tarde desta segunda-feira pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). 

"E se tivermos números abaixo do esperado pelo mercado, no caso da soja próximo de 10% da área cultivada e no milho em 45%, os preços podem voltam a subir. Ainda assim, é preciso considerar que ambos os números estão abaixo da média dos últimos cinco anos", diz Brandalizze.

Diante desse cenário, as previsões climáticas para os EUA começam a ganhar força no mercado. Por enquanto, em alguns estados com Iowa e Illinois, há possibilidade de chuvas para essa semana no país, segundo informações do site internacional de meteorologia AccuWeather. Já em outras regiões, a expectativa é que o clima seja favorável, situação que deve contribuir para o avanço na semeadura.

Em contrapartida, os números do relatório de oferta e demanda do USDA na última sexta-feira  foram positivos para o curto prazo, uma vez que indicaram uma redução nos estoques norte-americanos de 3,67 milhões de toneladas para 3,54 milhões de toneladas. As importações da safra 2013/14 aumentaram de 1,77 milhões de toneladas, reportados em abril, para 2,45 milhões de toneladas. 

No entanto, para a safra 2014/15 o departamento apontou um aumento a safra norte-americana, que deverá totalizar 98,93 milhões de toneladas e a produtividade foi estimada em 51,25 sacas por hectare. Os estoques também deverão apresentar um aumento e totaliza 8,98 milhões de toneladas. A produção do Brasil foi estimada em 91 milhões de toneladas. Enquanto que, as importações da China deverão crescer e somar 72 milhões de toneladas, contra 69 milhões de toneladas projetados na temporada 2013/14.

Apesar do recuo nos preços, do lado fundamental, a tendência continua positiva aos preços no curto prazo. O cenário de aperto na oferta norte-americana permanece e a demanda pelo produto não dá sinais de enfraquecimento. Nesta segunda-feira, o USDA divulgou novo boletim de inspeções de exportações dos EUA e até o último dia 08 de maio, os embarques da oleaginosa totalizaram 239,95 mil toneladas, contra 99,50 mil toneladas da semana anterior.

Segundo informações do relatório da ODS Serviços em Agronegócio, os preços da soja em Chicago estão em alta desde o ano passado. No entanto, no mês de abril as cotações exibiram expressiva volatilidade, influenciadas, principalmente pelas especulações de clima nos EUA e também os estoques ajustados no país, assim como, a liquidação de posições compradas de fundos de investimentos.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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