Café: NY registra realização de lucros e ajustes técnicos depois das altas
Nesta sexta-feira(16) o café arábica negociado na Bolsa de Nova York devolve parte dos ganhos contabilizados na sessão anterior quando as cotações encerraram com alta de mais de 1200 pontos nos principais vencimentos. A sexta-feira é de realização de lucros e ajustes técnicos diante do bom desempenho dos preços no dia anterior, que teve início apó a divulgação da nova estimativa de colheita da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que prevê a safra brasileira em 44,6 milhões de sacas de 60 quilos para este ano.
Segundo analistas internacionais, depois da euforia de ontem que confirmou uma quebra considerável na safra brasileira, o sentimento do mercado é de que os números não foram tão surpreendentes , uma vez que a maior parte das estimativas já divulgadas gira em torno desse patamar e, em alguns casos, até com números menores.
Por volta das 10h (Brasília) os contratos com vencimento em julho/2014 operam a 193,10 centavos de dólar por libra-peso, queda de 370 pontos em relação ao fechamento anterior. Setembro/2014 opera a 195,50 centavos de dólar por libra-peso, desvalorização de 355 pontos e dezembro/2014 era negociado a 199 centavos de dólar por libra-peso com queda de 300 pontos.
Mas de acordo com o analista de mercado Eduardo Carvalhaes, a expectativa é que o mercado continue seu movimento de alta. Ele chama atenção para o fato de que os últimos relatórios divulgados apontam para uma produção reduzida para o café arábica, que é a variedade mais exportada para o Brasil. “Enquanto a Conab estima a safra brasileira de arábica em 32,23 milhões de sacas, o USDA prevê 33,1 milhões sacas, uma diferença de apenas 3%. A grande diferença entre uma estimativa e a outra está na produção de conilon. A Conab estima 12,33 milhões de sacas, uma alta em relação à safra passada, e o USDA está estimando 16,4 milhões de sacas, é uma diferença de 33%, ou 4 milhões de sacas”.
Carvalhaes afirma ainda que a estimativa feita pelo USDA para os estoques de passagem, de 6,3 milhões de sacas, é outro fator que comprova um aperto na oferta de café. “Isso é muito pouco café, e o USDA costuma divulgar números altos para estoques também.Tudo isso mostra que a situação é muito apertada e só pode piorar, não se enxerga como melhorar no curto prazo, por isso já tem gente especulando em US$ 3,00”, conclui Carvalhaes, citando as previsões de alguns analistas de que a libra-peso do café poderá alcançar os US$ 3,00 até o final do ano.
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