Café: NY tem leve alta após atingir o maior patamar em quatro meses

Publicado em 03/10/2014 10:00 e atualizado em 03/10/2014 13:15

Na manhã desta sexta-feira (1), a Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica registra leve alta após anotar o patamar mais alto em mais de quatro meses na sessão anterior. Por volta das 13h14, o contrato dezembro/14 registrava 208,75 cents de dólar por libra peso com alta de 7 pontos, o março/15 anotava 212,55 cents/lb com valorização de 5 pontos. O maio/15 trabalhava com 214,30 cents/lb e 10 pontos positivos e o julho/15 tinha queda de 15 pontos operando com 215,20 cents de dólar por libra peso. As cotações também já operaram no campo negativo em um movimento de realização de lucros e liquidações.

Na sessão do dia anterior, o mercado fechou em alta de mais de 800 pontos nos principais contratos motivada pela preocupação de baixa produção de café na para safra 2015/16. As chuvas ainda são insuficientes para reverter o déficit hídrico nas lavouras de café.

De acordo com dados da Somar Meteorologia, após passagem de uma frente fria pela Região Sudeste do Brasil, uma massa de ar seco e frio toma conta do centro e sul do país, inibindo a formação de nuvens carregadas e deixando a temperatura mais baixa. Simulações indicam que não há previsão de chuva significativa pelos próximos dez dias nas principais áreas produtoras de café. 

 

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Café: NY tem maior alta em mais de 4 meses com receio para safra 15/16

Por Jhonatas Simião

Nesta quinta-feira (2), a Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou as cotações com alta expressiva, após registrar mais de mil pontos durante a sessão. O contrato dezembro/14 — o mais negociado durante a sessão — registrou 208,60 cents de dólar por libra peso com alta de 820 pontos, o março/15 anotou 212,50 cents/lb com valorização de 800 pontos. O maio/15 fechou o dia cotado a 214,20 cents/lb e 745 pontos positivos e o contrato com vencimento em julho/15 encerrou o dia cotado a 215,35 cents/lb e 735 pontos de alta. São as cotações mais elevadas em mais de quatro meses.

Segundo o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, a falta de chuva e as precipitações insuficientes para reverter o déficit hídrico continuam exercendo pressão sobre a bolsa. As cotações já superam os US$ 2 com receios para a safra 2015/16. “Há a sensação de que o mercado está se consolidando, mas não está. Muita gente considera que quando tivermos chuvas os preços podem recuar novamente. Mas vai ficando claro que a safra do ano que vem não vai ser normal e alguns apontam que será até menor que a desse ano”, afirma.

De acordo com o gerente de gestão de agronegócio da Cooparaíso, Marcelo Almeida, a safra atual da cooperativa registrou quebra de 25% em relação ao esperado. “As lavouras sentiram demais após a colheita. Então, consideramos que mais de 50% dos cafés não tem potencial produtivo para a próxima safra. A situação a cada dia que passa está ficando mais séria e o produtor preocupado sem saber o que fazer, a água é o que mais precisamos neste momento”, afirma.

Segundo o representante da cooperativa, as plantas que já estão depauperadas não recebem os tratos fitossanitários com a falta de água, o que pode aumentar as perdas para a próxima safra gerando preocupação nos cafeicultores.

As chuvas de cerca de 15 mm a 40 mm que caíram nos últimos dias na região induziram duas floradas. No entanto, existem dúvidas quanto ao ‘pegamento’ visto que as lavouras estão desfolhadas. “Se não tiver folha, não tem 'pegamento'. Então nós estamos aguardando a chuva que vem na segunda quinzena do mês de outubro para saber a situação dos cafés”, diz Almeida.

Previsão do tempo

De acordo com dados da Somar Meteorologia reportados pela Bloomberg, as regiões produtoras de café de Minas Gerais e São Paulo devem receber precipitações até o final de semana, que podem induzir floradas. Entretanto, a maior parte das regiões devem permanecer com clima predominantemente seco entre 7 e 20 de outubro, o que pode prejudicar a abertura de novas floradas e o 'pegamento' das existentes.

Mercado interno

O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica do tipo 6, estava cotado nesta quarta-feira (1)  a R$ 479,62/saca de 60 kg com elevação de 1,86%. De acordo com Carvalhaes, os produtores não estão aceitando os preços oferecidos pelos compradores e com isso, o mercado realiza poucos negócios.

O cereja descascado na cidade de Patrocínio-MG teve alta 10% em relação à sessão anterior e está cotado a R$ 550,00 a saca de 60 kg, na mesma cidade o arábica teve alta de 8,51% e tem preço de R$ 510,00 a saca.

Tipo 4/5 fecha em alta na BM&FBovespa

O café arábica tipo 4/5 também fechou a sessão com alta na BM&F Bovespa. O vencimento dezembro/14 encerrou cotado US$ 240,00 a saca de 60 kg, o março/15 finalizou a sessão com US$ 249,50 e valorização de 3,10%. O setembro/15 anotou US$ 247,00 a saca e 3,04% de alta. O contrato dezembro/14 para o tipo 6/7 está cotado a US$ 223,50.

Londres mantém preços quase estáveis buscando consolidação

O café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe), encerrou a sessão no campo misto buscando consolidação após as recentes altas registradas nas últimas sessões.  A informação de que a safra de café no Vietnã deve ser 10% menor que no ano passado ainda repercute entre os corretores. O vencimento novembro/14 finalizou o dia cotado a US$ 2.053 por tonelada e queda de US$ 1, o janeiro/15 também registrou alta de US$ 1 e vale US$ 2.067 a tonelada.
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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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