Café: Com perspectiva otimista, Cooxupé espera produção de 9,5 milhões de sacas na safra 2016/17
Não são só os cafeicultores que estão mais otimistas com a safra 2016/17 de café do Brasil. Após três temporadas consecutivas de quebra, o País que é o maior produtor e exportador da commodity no mundo, pode ter produção um pouco melhor no próximo ano em meio a alta bienalidade da cultura e por conta das condições climáticas mais favoráveis para o desenvolvimento dos frutos nos últimos meses. Na Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), maior cooperativa de cafeicultores do mundo, a produção na nova safra deve alcançar 9,5 milhões de sacas de 60 kg, sendo cerca de 80% apenas de cooperados.
Na safra 2015/16, a seca afetou muitas lavouras no cinturão produtivo do Brasil. Na região de abrangência da Cooxupé não foi diferente e a produção totalizou 7,7 milhões de sacas, considerando cooperados (6,18 milhões de sacas) e não cooperados. Em sua última estimativa do ano, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) apontou a produção de café arábica na safra atual em 32 milhões de sacas de 60 kg e a total, incluindo robusta, em 43,24 milhões de sacas, queda de 4,65% em relação a 2014. (Veja abaixo o gráfico com a produção de café do Brasil nos últimos anos).
Apesar das condições climáticas mais favoráveis para as lavouras da próxima temporada, a estimativa de alta na produção da Cooxupé na safra 2016/17 foi motivada, principalmente, pelo aumento na área de ação e número de cooperados. No entanto, o volume de café comprado no mercado deve continuar alto, cerca de um milhão de sacas, para atender a demanda de importadores por produtos de outras origens.
Em 2015, por mais um ano consecutivo, a cooperativa foi líder nas exportações de café arábica, enviando para o mercado de forma direta e indireta mais de 4,2 milhões de sacas do grão verde. O número, fechado no dia 30 de novembro, ainda pode ser maior, chegando a 4,6 milhões até 31 de dezembro. "Nosso objetivo é crescer e estar sempre à frente, aprimorando novas tecnologias e processos tanto de gestão quanto no campo, lado a lado com o cooperado, para conquistar resultados maiores", afirma o presidente da Cooxupé, Carlos Paulino.
Para 2016, a cooperativa pretende expandir o número de armazéns do Complexo Industrial Japy, empreendimento logístico de última geração responsável por receber, beneficiar, armazenar e exportar o grão de café no mesmo local. Alpinópolis, uma das unidades da cooperativa, também deve ganhar um novo armazém. Outra ação já definida para o próximo ano é um novo Centro de Distribuição de Insumos, além de diversas reformas previstas, que devem gerar um investimento de aproximadamente R$ 40 milhões.
Segundo Carlos Paulino, as perspectivas para o cafeicultor no próximo ano também são otimistas. As principais regiões produtoras têm recebido bons volumes de chuva desde outubro. No entanto, ele pondera que é preciso a continuidade desse padrão climático nos próximos meses. "Seguramente, caso tenhamos um volume de chuva normal em janeiro e fevereiro, o ano de 2016 deverá ser bom para o cafeicultor. A produção Mineira está se recuperando dos efeitos da seca dos anos anteriores, não podemos falar em aumento e sim em recuperação. O Cerrado Mineiro, por exemplo, teve uma quebra de safra de 20% neste ano, penso que estamos voltando para a normalidade a partir do próximo ano", explica.
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