Café: Bolsa de Nova York estende ganhos da véspera nesta 3ª com operadores ainda atentos à oferta global
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta próxima de 100 pontos nesta tarde de terça-feira (20) e estendem os ganhos registrados na sessão anterior. Com esses novos avanços, os preços externos da variedade já estão próximos do patamar de US$ 1,60 por libra-peso nos vencimentos mais distantes. O mercado segue apoiado pelas incertezas em relação a oferta global e o câmbio.
Por volta das 12h27, o contrato dezembro/16 registrava 154,65 cents/lb com 185 pontos de alta, o março/17 tinha 157,85 cents/lb com 185 pontos de avanço. Já o vencimento maio/17 estava cotado a 159,70 cents/lb com 190 pontos de valorização e o julho/17, mais distante, anotava 161,20 cents/lb com 170 pontos positivos.
Além das dúvidas em relação a oferta global de café, o mercado também realiza ajustes técnicos ante as quedas dos últimos dias e repercute o câmbio. Às 11h09, a moeda norte-americana caía 0,8%, vendida a R$ 3,2519, com o mercado repercutindo a ansiedade dos operadores com a reunião do Fed (Federal Reserve), banco central norte-americano, sobre a política monetária do país.
Também repercute sobre os preços externos do arábica as incertezas em relação à safra 2017/18 do Brasil e sobre os estoques nos países importadores e exportadores do grão. "Embora os níveis de estoques nos países produtores estejam próximos das mínimas históricas, os níveis de estoques nos países consumidores estão altos o suficiente para suprimir os preços diante das perspectivas de produção aquém das expectativas", disse o analista do Société Générale, Rajesh Singla, ao site internacional Agrimoney na semana passada.
A Cooxupé (Cooperativa Regional dos Cafeicultores em Guaxupé) já relata preocupações com a safra 2017/18 do Brasil. "Em visitas pelas principais regiões produtoras já se percebe que a safra do próximo ano será entre 15% e 20% menor no arábica e no robusta por conta do clima. Isso se as condições se normalizarem. Do contrário, as perdas podem ser ainda maiores", o superintendente de comercialização da Cooxupé, Lúcio Dias.
No Brasil, os negócios com café seguem no mesmo ritmo dos últimos dias. Os produtores seguem à espera de melhores patamares para negociar mais ativamente suas produções. "O mercado interno do café deverá ter dia lento e negócios isolados", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
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