Cotações da soja sobem em Chicago com números positivos de embarques de soja americana e clima na América do Sul

Publicado em 09/01/2017 17:23
Confira a entrevista de Vlamir Brandalizze - Analista de Mercado
Negócios no mercado interno estão parados e estímulo para novas vendas só acontecerá com soja voltando acima dos R$80,00/saca. Mudança de patamar pode vir com valorização do dólar

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Cotações da soja sobem em Chicago com números positivos de embarques de soja americana e clima na América do Sul

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Nesta segunda-feira (9), uma movimentação positiva para o mercado da soja na Bolsa de Chicago indica a volta do olhar para os fundamentos - com relatório de embarques do Departamento dos Estados Unidos (USDA) trazendo o número de 1,5 milhão de embarques para a última semana e com as notícias climáticas na Argentina que podem apontar para problemas na safra do país.

De acordo com o analista de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, os números da semana passada de embarques, que foram baixos e refletiram no mercado, eram referentes à dias fracos nos negócios, com o Ano Novo e o feriado nos Estados Unidos no dia 2.

A expectativa, agora, é para o discurso da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, que será no dia 20 de janeiro. No momento, o analista acredita que há uma "guerra de informações" que deve ser avaliada de forma mais serena. Ele lembra que grande parte da mídia americana não foi a favor de Trump, mas avalia que "Trump não deve fazer nada para prejudicar o produtor americano", que, em grande maioria, apoia o partido Republicano.

Brandalizze diz que Trump não deve criar obstáculos para o segmento seguir exportando. Caso haja alguma barreira, o impacto beneficiaria diretamente os produtores da América do Sul, mas isso não deve ser colocado como um fator certo. Por outro lado, a China ainda dependeria da soja americana, pois Brasil e Argentina, juntos, não conseguem exportar a quantidade necessária para abastecer o mercado chinês.

Ele lembra também que os chineses trabalham com dois estilos de moeda e que possuem um câmbio flutuante controlado, o que pode levar o país asiático a não desvalorizar tanto a sua moeda para a importação e torná-la mais valorizada para a exportação, para que os preços chineses sejam mais competitivos. Esse estilo já é mantido, mas com um diferencial pequeno entre uma posição ou outra. Brandalizze acredita também que os americanos dependem muito dos produtos chineses, logo, não existe a possibilidade de o produto chinês sair do mercado americano.

No Brasil, as exportações estão paradas, com produtores segurando suas vendas no momento. Ele alerta os produtores que este é um momento de cautela. O dólar já se encontra abaixo dos R$3,20, logo, "já não é interessante forçar a venda", diz, já que é um momento de calma, com final de safra e início de colheita. "Temos o ano para negociar e devemos ter maior oportunidade daqui para a frente", conclui.

 

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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