Soja sobe quase 15 pts na CBOT com fortes chuvas no Meio-Oeste dos EUA e temores com plantio
O mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) fechou a sessão desta segunda-feira (1º) com altas próximas de 15 pontos com os operadores no terminal externo repercutindo as preocupações com as chuvas que caíram sobre o cinturão produtivo da oleaginosa e de milho nos Estados Unidos no último final de semana. Com isso, há o risco atrasos no plantio, ainda que o mesmo esteja baixo no país, e também há a possibilidade de replantio.
O contrato maio/17 encerrou a sessão de hoje cotado a US$ 9,59 por bushel com alta de 13,6 pontos, o julho/17 teve avanço de 14 pontos, a US$ 9,70 por bushel. Já os lotes com vencimento para agosto/17 fecharam o dia a US$ 9,41 por bushel com avanço de 13,2 pontos.
Esse é o mês mais importante para o avanço do plantio da soja nos Estados Unidos e, de acordo com o analista de mercado Vlamir Brandalizze, essa condição climática surpreendeu os envolvidos. "O mercado americano não esperava por essa condição agora em maio e isso animou os investidores. Além dos fundamentos positivos neste momento, os grandes investidores voltaram ao mercado e há chances de uma alta maior", diz o analista que acredita que os preços podem até beliscar os US$ 10 por bushel.
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Segundo o analista de mercado da Labhoro Corretora, Ginaldo de Souza, as fortes chuvas que caíram no Meio-Oeste americano, causando alguns alagamentos, podem sem dúvida provocar replantio.
"Normalmente, após uma alta expressiva, o mercado pode ter liquidação, mas o fundamento climático é positivo e as cotações podem testar os US$ 10 porque além do fator climático, os embarques mostram dados interessantes", explica Brandalizze. Se as chuvas continuarem e os US$ 10 for consolidado, esse é o maior patamar em muitas semanas já que o mercado vinha perdendo forças sem novidades fundamentais nos últimos meses.
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Além das fortes chuvas no fim de semana em estados produtores de soja e milho do Meio-Oeste, como Indiana, Illinois e Iowa, também foram registradas geadas e nevascas em áreas de trigo em Kansas, o que aumentou as ameaças de redução na produção global de grãos. As perdas podem chegar a até 40% da produção.
A consultoria AgResource aponta que as chuvas significativas devem continuar nos estados produtores nos próximos cinco dias, em específico no Missouri e Sul de Illinois, Indiana e Ohio. Um cenário climático mais favorável é esperado ao fim desta semana (a partir do dia 5 de maio), com chuvas mais amenas e temperaturas mais quentes. Segundo Brandalizze, o frio no cinturão agrícola dificulta a evapotranspiração das lavouras.
O mercado interno da soja não funcionou nesta segunda-feira por conta do feriado nacional do Dia do Trabalho. Os negócios voltam ao normal já nesta terça-feira (2).
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