Soja: Uso de molibdênio pode elevar teor de proteína nos grãos

Para o fisiologista Elmar Floss, fatores como uma maior importância para a calagem, a implantação do plantio direto, o controle mais rigoroso de plantas daninhas, pragas e doenças e a transgenia ajudaram o Brasil a crescer em produtividade ao longo dos anos, principalmente do início dos anos 1990 até os dias de hoje. Agora, o país entra em uma era da agricultura da precisão, na qual ainda é preciso fazer tudo isso - mas de uma forma cada vez melhor.
Ele destaca para a necessidade de unir a nanotecnologia eletrônica com a nanotecnologia biológica. A biologia molecular, com o uso de biorreguladores e de nutrientes fundamentais para o desenvolvimento da soja, também pode ser uma grande aliada neste processo.
As plantas, assim como os seres humanos, possuem hormônios promotores e inibidores. Quando tudo vai bem na lavoura, os primeiros hormônios entram em ação, colaborando para fatores como a germinação, o número de raízes, a ramificação lateral da soja e o aumento de cloroflia. Quando tudo vai mal, entram os segundos, que podem gerar degradação das flores e das paredes celulares.
Por isso, há de se ter uma preocupação com produtos que irão deixar as plantas mais sadias e estimular um melhor enraizamento e ramificação. Entretanto, como lembra Floss, "não adianta esperar a planta chegar ao estresse": essa aplicação deve ser feita preventivamente, como uma espécie de seguro.
Um melhor sistema radicular ajuda a soja a absorver mais nutrientes em menos tempo, além de ajudar a folha a ter um tamanho adequado e a ser mais ereta, permitindo insolação na planta de baixo e aumentando o número de vagens na base da planta. Com isso, a associação de molibdênio e cobalto podem auxiliar nessas questões, além de garantir um melhor nível proteico para a cultura.
Para Floss, esta aplicação deve ser feita com herbicidas, diretamente no sulco ou estar inclusa no processo de produção e tratamento de sementes. Com um investimento de cerca de meia saca de soja, os produtores podem ter um retorno de 6 até 15 sacas, em alguns casos. "É preciso distinguir na gestão de uma lavoura o que é despesa e o que é investimento", diz.
Às vésperas da safra 2017/18, ele também aconselha os produtores a não plantarem no pó. Uma vez que a semente, para germinar, precisa de 50% de seu peso de água, esta é a "pior maneira de começar uma lavoura". Ele lembra que a lavoura de soja, que é a cultura mais importante, não pode ser prejudicada em detrimento do milho safrinha.
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