Soja em Chicago segue firme e pode consolidar novo intervalo de preços entre US$ 9,80 e US$ 10,50/bushel
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Soja em Chicago segue firme e pode consolidar novo intervalo de preços entre US$ 9,80 e US$ 10,50/bushel
DownloadA soja encerrou a quinta-feira (19) na Bolsa de Chicago (CBOT) do lado positivo, com leves altas nos principais vencimentos.
Vlamir Brandalizze, analista de mercado da Brandalizze Consulting, destaca que o pregão de hoje começou a dar sinais de que o mercado, como um todo, está formando uma nova janela de operação da soja em Chicago, tentando trabalhar entre US$9,80/bushel a US$10,50/bushel, evoluindo entre US$0,30/bushel a US$0,50/bushel frente à janela anterior.
Este novo patamar ainda não está consolidado, mas o mercado se mostra firme nessa posição. Hoje, a condição já é um pouco mais distante dos US$9,80/bushel, mostrando que o suporte nesse patamar está sendo firmado.
O principal fator que influencia nesse patamar é a demanda. Mesmo que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) não tenha reduzido sua estimativa de safra, o mercado não assumiu uma postura baixista. Com a colheita avançada, o fator oferta por parte dos norte-americanos não deve ter grandes novidades, enquanto a demanda está bastante aquecida por parte da China, que possui margens de esmagamento positivas.
A CBOT dá sinal de que os preços estão chegando em patamares positivos que oferecem lucratividade para os produtores. Contudo, os argentinos ainda estão com as vendas paralisadas, aguardando a redução das taxas de exportação, as chamadas "retenciones", que devem começar a ocorrer a partir do próximo ano. O produtor dos Estados Unidos, por sua vez, possui um alto grau de endividamento, o que pode exigir uma venda acima dos US$10,50/bushel.
O analista destaca que, em função do atraso da comercialização, os produtores brasileiros poderiam começar a realizar algumas vendas futuras. As cotações de porto giram hoje em torno de R$75 e, em maio, os preços podem ser menores.
Francisco José Fontana Junior Faxinal dos Guedes - SC
Boa tarde!
Se possível gostaria que o Vlamir comentasse como fica o mercado do milho daqui para frente.