USDA eleva produtividade das lavouras americanas e milho recua mais de 6 pts nesta 5ª feira na CBOT

Publicado em 09/11/2017 16:59

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O pregão desta quinta-feira (9) foi negativo aos preços do milho praticados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity ampliaram as perdas e encerraram o dia com quedas de mais de 6 pontos, uma desvalorização de mais de 1%. O dezembro/17 era cotado a US$ 3,41 por bushel, enquanto o março/18 operava a US$ 3,54 por bushel.

"Os futuros do milho dos EUA caíram nesta quinta-feira, depois que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) projetou uma colheita maior do que o esperado no país na safra 2017/18. O rendimento médio das plantações superou as expectativas dos participantes do mercado", reportou a Reuters internacional.

O órgão elevou a produtividade das lavouras para 185,65 sacas de milho por hectare nesta temporada. Em outubro, o número estava em 181,82 sacas por hectare. Com isso, a produção americana subiu de 362,73 milhões para 370,3 milhões de toneladas.

"Os participantes até aguardavam algum ajuste positivo, pois os relatos de campo reportavam melhora nos índices de produtividade. Porém, ninguém imaginava um aumento, nesta altura da estação, de quase 2,5% nos índices de produtividade", informou a Granoeste Corretora de Cereais.

Os estoques finais americanos também subiram e passaram de 59,44 milhões para 63,17 milhões de toneladas. Ainda no reporte, o USDA aumentou a projeção para as exportações dos EUA, de 46,99 milhões para 48,9 milhões de toneladas.

"O USDA elevou as exportações de milho. Não vendemos tanto milho quanto gostaríamos. Sim, as vendas dessa semana foram grandes, mas não tínhamos visto números como esse. Teremos que começar a trabalhar, se quisermos atingir os objetivos do governo", disse Cory Bratland, negociante da Kluis Commodities.

No caso da produção global, o departamento indicou a safra em 1.043,9 bilhão de toneladas, contra as 1.038,8 bilhão de toneladas reportadas no boletim anterior. Já os estoques finais mundiais subiram de 200,96 milhões para 203,86 milhões de toneladas.

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Vendas semanais - USDA

Ainda hoje, o USDA reportou seu novo boletim de vendas semanais. Na semana encerrada no dia 2 de novembro, as vendas de milho somaram 2.364,5 milhões de toneladas. O México foi o principal comprador do produto americano, com 1.166,3 milhão de toneladas.

O número indicado pelo departamento ficou dentro das apostas dos investidores, entre 1 milhão a 2,6 milhões de toneladas.

Mercado brasileiro

A quinta-feira foi de ligeira movimentação aos preços do milho praticados no mercado doméstico. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Jataí (GO), o preço subiu 4,35%, com a saca a R$ 24,00. Ainda no estado, em Rio Verde, o ganho foi de 2,13%, com a saca do cereal também a R$ 24,00.

Já no Oeste da Bahia, a saca caiu 3,45% e fechou o dia a R$ 28,00. No Porto de Rio Grande, o valor futuro, para entrega em março/18, recuou 1,72% e encerrou o dia a R$ 28,50. No terminal de Paranaguá, o disponível permaneceu estável em R$ 28,50 a saca.

Ainda nesta quinta-feira, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estimou a safra total de milho no ciclo 2017/18 entre 91,6 milhões a 93,1 milhões de toneladas. A projeção representa uma queda de 6% em relação à safra passada.

BM&F Bovespa

Na bolsa brasileira, a quinta-feira foi de leves quedas aos preços do milho. As principais posições do cereal finalizaram a sessão com perdas entre 0,45% e 0,85%. O novembro/17 era cotado a R$ 31,95 a saca e o janeiro/18 a R$ 32,82 a saca.

Além da queda em Chicago, o dólar também recuou nesta quinta-feira. A moeda norte-americana caiu 0,12% e encerrou o dia a R$ 3,2599 na venda. "A moeda caiu em meio ao otimismo dos investidores diante dos esforços do governo para tentar aprovar pontos da reforma da Previdência no Congresso Nacional", informou a Reuters.

Confira como fecharam os preços nesta quinta-feira:

>> MILHO

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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