Soja começa 2018 em alta na Bolsa de Chicago com novas previsões de tempo seco na Argentina

Os preços da soja deram início a 2018 trabalhando com altas de mais de 1% entre seus futuros negociados na Bolsa de Chicago. Por volta de 12h40, o contrato março/18 era cotado a US$ 9,66 e registrando uma alta de 10,15 pontos. O foco do mercado internacional permanece sobre o clima na América do Sul.
A atenção dos traders se volta para as previsões mostrando a volta do tempo quente e seco para a Argentina nos próximos dias, o que dá suporte e estímulo às cotações mesmo depois das boas chuvas que chegaram a regiões importantes na produção de soja do país no último final de semana.
Para a consultoria AgResource Mercosul, "em meio à dinâmica climática que tem sido presenciada na América do Sul e a grande possibilidade de uma intensificação da interferência de um La Niña na Argentina e Sul do Brasil, é difícil manter uma posição baixista para os próximos meses".
E essas expectativas se dão diante de novos mapas climáticos que mostram um novo período de tempo seco na Argentina. De acordo com informações apuradas pela consultoria, a partir deste 2 de janeiro, as chuvas já ficam mais escassas nas áreas produtoras argentinas e esse padrão deverá ser observado até o dia 11.
"O período de estiagem é considerado grave, uma vez que os níveis de umidade do solo no país ainda não foram reestabelecidos para níveis adequados, sofrendo com precipitações abaixo da média desde o começo de novembro", informa a AgResource.

Segundo analistas internacionais, o bom momento dos preços dos óleos vegetais em Chicago e em mais bolsas de valores mundo a fora também favorece as cotações.
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Além disso, há ainda o dólar em queda contribuindo, uma vez que torna os produtos negociados nas bolsas americanas mais atrativos.
No Brasil, frente ao real, a moeda americana começou o ano bastante pressionada e perdendo mais de 1%. Às 12h50 (Brasília), a divisa valia R$ 3,268 e tinha queda de 1,42%.
O adiamento no final do ano passado da votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados para fevereiro frustrou o mercado e levou investidores a precificarem um corte na nota de crédito do Brasil em dezembro, de acordo com o operador de câmbio da H.Commcor Corretora Cleber Alessie Machado à agência de notícias Reuters.
"O mercado se protegeu do que era um iminente rebaixamento da nota do Brasil. As notícias e os dados indicavam um novo rebaixamento pela S&P, que não aconteceu", assinalou.
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