JBS para em Cassilândia (MS) por dificuldades com multas do Cade e deixa de abater 500 bois/dia
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Confira a entrevista com Silas Alberto de Souza - Presidente do Sindicato Rural de Cassilândia/MS
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Em 2017, uma resolução do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) decidiu pelo fechamento de uma planta operada pelo JBS em Cassilândia (MS). Depois de entrar com embargos, a empresa perdeu o processo e, agora, deve encerrar as atividades.
Como conta Silas Alberto de Souza, presidente do Sindicato Rural de Cassilândia, o município está vivendo um trauma desde a última semana, já que o JBS é um dos maniores empregadores. Até a sexta-feira, o frigorífico seguia em operação. "Hoje, só se fala em demissão e fechamento da planta", destaca.
A empresa não é dona da planta em si, apenas de sua parte comercial - trata-se de uma planta municipal que era administrada, anteriormente, pela Rodopa. Com as resoluções do CADE, o JBS optou por permanecer apenas onde detém a posse, já que o pagamento de multas por volta de R$5 milhões era considerado inviável.
A planta abatia cerca de 500 a 600 cabeças por dia, atendendo a outros municípios da região, com quase 2 milhões de cabeças de gado abatidas por ano. O frigorífico mais próximo está localizado em Goiás, a 20km, onde os pecuaristas estariam sujeitos ao pagamento de ICMS.
Souza acredita que a questão tem a ver com uma reacomodação de mercado, após os problemas enfrentados pelo frigorífico no ano passado. Procurado, o JBS salienta que não irá comentar o assunto.
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