Ibovespa fecha em queda com bancos após quatro altas

Publicado em 18/07/2018 18:16

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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira, após quatro altas seguidas, pressionado principalmente pelo declínio das ações de bancos e de Ambev, enquanto notícias corporativas sustentaram os papéis da Eletrobras e de WEG no terreno positivo

O principal índice de ações da B3 caiu 0,98 por cento, a 77.362,63 pontos, após acumular alta de 5 por cento nos quatro pregões anteriores. O giro financeiro somou 11,36 bilhões de reais, em sessão marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre Ibovespa.

A proximidade das convenções partidárias que devem definir os nomes que estarão na disputa presidencial e potenciais coligações dita alguma volatilidade, conforme alguns partidos começam a sinalizar suas preferências, disse um gestor de recursos de São Paulo.

A safra de resultados das companhias listadas no Ibovespa também ocupa a atenção e começou com viés benigno, com números da WEG ajudando as ações da empresa a fecharem em alta, na contramão do Ibovespa.

A equipe de estratégia do Banco Santander espera que as companhias mostrem resultados consolidados "decentes" para o período de abril a junho, apesar da greve dos caminhoneiros.

No exterior, o norte-americano S&P 500 subiu 0,22 por cento, alcançando máxima em cinco meses, com resultados robustos ajudando ações do setor financeiro e do setor industrial e reforçando expectativas sobre a temporada de balanços.

DESTAQUES

- BRADESCO PN e ITAÚ UNIBANCO PN caíram 2,46 e 1,27 por cento. O BTG Pactual publicou prévia de resultados do setor financeiro na América Latina, afirmando que o ciclo de crédito segue favorável para bancos brasileiros, com crescimento mais forte de empréstimos para pessoas físicas ajudando a compensar as taxas de juros mais baixas, enquanto a inadimplência mantém tendência de queda. "A volatilidade aguda no trimestre pode levar a desempenhos mais fracos em comparação a períodos anteriores, mas não esperamos nada de material", afirmaram os analistas. No mês, Bradesco PN e Itaú PN acumulam valorização de cerca de 10 por cento cada.

- AMBEV caiu 2,14 por cento, em meio a projeções mais cautelosas para resultados da empresa no segundo trimestre devido ao quadro econômico ainda debilitado em países como o Brasil. A equipe de análise e estratégia da XP Investimentos avalia que os ganhos de volume com a Copa do Mundo devem ser anulados parcialmente pelo impacto negativo da greve dos caminhoneiros.

- B3 caiu 3,01 por cento, também respondendo por peso negativo significativo no Ibovespa, apesar de expectativas positivas do BTG Pactual para os números do segundo trimestre.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON recuaram 1,31 e 1,95 por cento, respectivamente, apesar da melhora nos preços do petróleo no mercado externo.

- ELETROBRAS ON e ELETROBRAS PNB subiram 5,39 e 4,08 por cento, respectivamente, após o presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, André Fontes, suspender a liminar que impedia leilão de venda de seis distribuidoras da companhia.

- WEG avançou 1,54 por cento, em meio à avaliação positiva do balanço do segundo trimestre da fabricante de motores elétricos e tintas industriais, com lucro líquido de 336,6 milhões de reais, alta de 23,7 por cento em relação ao mesmo período de 2017. "A empresa continua mostrando caixa líquido, e acreditamos que após as eleições volte a crescer a carteira de encomendas de ciclo longo", afirmaram analistas da corretora Mirae, em nota a clientes.

- VALE valorizou-se 1,48 por cento, tendo de pano de fundo alta do preço do minério de ferro à vista na China. A mineradora informou na terça-feira que fará provisão adicional de 1,5 bilhão de reais no balanço do segundo trimestre referente a obrigações pelo rompimento de uma barragem da Samarco em novembro de 2015 em Mariana (MG).

- ESTÁCIO e KROTON perderam 6,81 e 2,33 por cento.

- RENOVA ENERGIA, fora do Ibovespa, disparou 68,02 por cento. A companhia afirmou que recebeu propostas pelo projeto eólico Alto Sertão III, na Bahia, após o fracasso das negociações do ativo com a Brookfield Energia Renovável. Entre os interessados, publicou a Reuters na terça-feira, citando fontes, está a Aliança Geração de Energia, joint venture entre Vale e Cemig.

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(Por Paula Arend Laier)

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Fonte:
Reuters

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