Soja fecha com leves altas na CBOT e mercado especula acordo entre China e EUA

Os preços da soja fecharam o pregão desta sexta-feira (1) com leves altas na Bolsa de Chicago. O mercado, ainda muito técnico e lateralizado, chegou a testar os dois lados da tabela durante o dia, como tem sido bastante comum, sempre com variações tímidas, para fechar os negócios subindo entre 1,50 e 1,75 pontos nos contratos mais negociados.
O vencimento maio/19, que é o mais negociado neste momento, ficou em US$ 9,11, enquanto o agosto terminou a semana valendo US$ 9,31 por bushel. As cotações seguem atuando no mesmo intervalo há meses com a falta de novidades, especialmente, sobre as relações comerciais entre China e Estados Unidos.
Entretanto, as novas especulações dando conta de que um acordo entre os dois países estaria pronto para ser assinado por Donald Trump e Xi Jinping em meados de março renovou os ânimos do mercado. A reação, no entanto, também é limitada.
"O mercado só irá reagir ao otimismo quando Xi Jinping confirmar a agenda para o encontro na Flórida, em meados de março. Já temos um ano de novela. A especulação calejou! Não vai ser noticiário que vai sustentar os preços", diz Matheus Pereira, diretor da ARC Mercosul.
Trata-se de uma ordem executiva de aproximadamente 150 páginas e que precisaria de mais alguns ajustes para que seja, enfim, assinada por Donald Trump e Xi Jinping.Isso se dá, ainda segundo a agência, mesmo com alguns debates ainda acontecendo em Washington sobre alguns pontos em que Pequim poderia fzer algumas concessões.
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>> China x EUA: Acordo estaria pronto para ser assinado em meados de março por Xi e Trump
Nesse ritmo, principalmente de um esgotamento das especulações diante de tantos boatos não confirmados, as informações de outras frentes do mercado como a conclusão da safra da América do Sul ou as projeções para a nova safra norte-americana perderam terreno.
Uma leve desaceleração da colheita no Brasil, a necessidade de chuvas em algumas regiões importantes de produção e uma considerável redução de área projetada para os EUA se tornaram, ao menos por enquanto, fatores marginais.
Preços no Brasil
A falta de direção em Chicago, depois de uma semana movimentada para os preços no Brasil, parece ter chegado ao mercado nacional e os indicativos terminaram a sexta-feira pré-Carnaval com estabilidade.
Nos portos, as cotações perderam 0,65% nas principais referências, com a soja disponível fechando em R$ 76,50 em Paranaguá e R$ 76,00 em Rio Grande. Para março, R$ 77,00 e R$ 76,50, respectivamente.
A cada dia cresce a convicção do mercado de que chineses e americanos caminham definitivamente para o fim da Guerra Comercial. Informações apontam que Trump e Xi Jinping se encontrarão na terceira semana de março nos Estados Unidos para assinatura do acordo final. A promessa chinesa de comprar anualmente US$30 bilhões “adicionais” em produtos agropecuários americanos é até espantosa, tendo em vista que no auge do comércio entre os dois países este montante não ultrapassou os US$20 bilhões. Para que isso seja viável uma enorme mudança na “paisagem” da agricultura norte-americana será necessária, com projeções extremamente altistas para os produtores do país. Enquanto negociam, o Brasil vem registrando um ótimo ritmo de exportações de soja neste início de 2019. Mas com o acordo já iminente, até quando essa demanda continuará?
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