Café arábica volta a cair nesta 4ª e reverte ganhos expressivos da véspera na Bolsa de Nova York

Publicado em 22/05/2019 17:11

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As cotações futuras do café arábica tiveram queda próxima de 100 pontos na sessão desta quarta-feira (22) na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado externo passou por ajustes técnicos ao longo do dia depois de alta expressiva na véspera, mas também acompanhou as oscilações cambiais.

Os lotes com vencimento para julho/19 tiveram queda de 115 pontos, a 91,75 cents/lb e o setembro/19 caiu 100 pontos, a 94,15 cents/lb. O dezembro/19 fechou o dia com perdas de 100 pontos, a 97,65 cents/lb e o março/20 registrou 101,15 cents/lb e 95 pontos negativos.

As perdas registradas ao longo desta quarta-feira reverteram parte dos ganhos da véspera, mas ainda assim não fizeram com que o vencimento referência de mercado fechassem abaixo de 90 cents/lb. O mercado oscilou entre máxima de 93,85 cents/lb e mínima de 91,53 cents/lb, segundo a Investing.

Além de movimentos técnicos, o mercado do arábica em Nova York também ganhou pressão ao longo da sessão com o câmbio, segundo agências internacionais de notícias. Apesar de recuar no fim dos trabalhos, a divisa chegou a avançar em parte do dia.

Apesar da baixa, operadores seguem atentos com o Brasil e novas altas não são descartadas. "As previsões apontam que vai ficar frio, mas que o café não está ameaçado, embora alguns acreditam que pode ficar frio o suficiente para geadas", disse o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.

Os futuros do arábica na ICE subiram cerca de 300 pontos na sessão anterior com atenção às oscilações cambiais, mas principalmente acompanhando a preocupação dos operadores externos com as chuvas em plena colheita da safra 2019/20 do Brasil, maior produtor e exportador do mundo.

Dados meteorológicos mostram que as precipitações em Minas Gerais, maior estado produtor de café, totalizaram de 50,3 mm na semana passada ou 316% da média histórica. A previsão do tempo aponta para condição mais firme para os próximos dias em áreas brasileiras, mas pancadas podem ocorrer.

Produtores relataram muitas preocupações com as chuvas. "Estamos começando os trabalhos de forma manual, porque não tem como colocar as máquinas no campo", disse Sérgio Dadona, produtor de café em Coromandel (MG), que relatou não ter visto condição parecido há mais de 30 anos.

Mercado interno

Acompanhando as recentes altas externas, os preços do café no mercado brasileiro subiram nos últimos dias. De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), esse cenário se aliou com a necessidade de produtores em fazer caixa para realização da colheita e negócios ocorreram tanto no spot quanto para entrega futura (em 2020 e 2021).

O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 430,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Patrocínio (MG) com queda de 1,23% e saca a R$ 400,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 397,00 – estável. Não houve oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 398,00 e queda de 0,50%. A maior oscilação ocorreu em Franca (SP) com queda de 1,28% e saca a R$ 385,00 e Média Rio Grande do Sul com alta de 1,28% e saca a R$ 395,00.

Na terça-feira (21), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 389,37 e alta de 1,65%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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