Café: IICA e CNC firmam acordo de cooperação técnica
O Conselho Nacional do Café (CNC) e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) assinaram, na quinta-feira (5/3), um acordo de cooperação técnica que pretende contribuir de forma eficaz para a competitividade e o desenvolvimento sustentável da cafeicultura, a proteção do meio ambiente e a melhoria das condições de vida nas regiões cafeeiras do Brasil.
As instituições desenvolverão ações com o objetivo de encontrar soluções para o fortalecimento da sustentabilidade da cafeicultura nacional, visando à proteção do meio ambiente e à valorização dos serviços ambientais prestados pelos produtores; apoiar a adoção de tecnologias que visem ao uso mais eficiente de insumos e recursos naturais para proteção do meio ambiente e da saúde de trabalhadores e produtores; e contribuir para o processo de atualização tecnológica para reduzir custos de produção, aumentar a renda e melhorar a qualidade de vida dos agricultores e do café.
Segundo o presidente do CNC, Silas Brasileiro, a cafeicultura nacional é a mais sustentável do mundo, mas ainda carece de melhorias econômicas a seus produtores. "A sustentabilidade é pauta em praticamente todos os segmentos produtivos e, no café, não é diferente. Porém, o lado econômico do tripé nem sempre é honrado diante dos investimentos que fazemos nas áreas ambiental e social", analisa. "Nosso acordo vem exatamente para mostrarmos ao mundo a imagem dessa nossa sustentabilidade e, consequentemente, melhorarmos as condições dos produtores no campo", completa.
O representante do IICA no Brasil encarregado, Christian Fischer, afirma que o acordo assinado tem um enfoque no café sustentável, inicialmente, via o programa “Produtor de Águas”, desenvolvido pela Agência Nacional de Águas (ANA), que promove a articulação e a intervenção em áreas agrícolas de bacias hidrográficas de interesse. O IICA já apoia este programa por meio do acordo de cooperação técnica internacional que tem com a agência.
“As principais linhas de atuação do acordo serão a competitividade sustentável da cafeicultura, gerar riqueza e desenvolvimento na região tanto para produtor rural como para a sociedade local. Haverá o enfoque no cooperativismo como vetor do desenvolvimento social por meio da cooperação nacional e internacional, intercâmbios e visitas técnicas, além da oferta, por parte do IICA, de soluções que contemplam boas práticas agrícolas e rastreabilidade”, destaca Fischer.
Para o diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Silvio Farnese, que participou da cerimônia de assinatura do acordo, esta parceria oficializada contará com o apoio do governo federal.
“Nós temos uma tradição de trabalho com o IICA já de muito tempo, que nos mostra a eficiência do instituto no apoio ao desenvolvimento do agronegócio. O IICA tem uma expertise muito grande nisso e pode ajudar com um resultado muito saudável para a cadeia do café, que tem uma penetração muito grande no mundo. Somos o maior país exportador de café, além de ser o maior produtor, e isso nos traz uma responsabilidade muito grande em defender e manter essa questão da sustentabilidade como um padrão do café brasileiro”, conclui Farnese.
Sobre o IICA
É um organismo internacional especializado em agricultura, ligado à Organização dos Estados Americanos (OEA), cuja missão é estimular, promover e apoiar os esforços de seus 34 Estados Membros em todas as Américas, para alcançar o desenvolvimento agrícola e o bem-estar rural por meio da cooperação técnica internacional de excelência. Com sede na Costa Rica, o instituto foi fundado em 1942 e, em 1964, iniciou suas atividades no Brasil.
Sobre o CNC
Fundado em 1981, o Conselho é o principal fórum privado de discussão da política cafeeira no Brasil, congregando as maiores cooperativas e associações de cafeicultores de diversas origens produtoras, com propósito de trabalhar por uma cafeicultura competitiva, sustentável e integrada. Representa oficialmente o setor da produção de café junto aos órgãos governamentais, Congresso Nacional, demais segmentos da cadeia produtiva, organismos internacionais e à sociedade, propondo e participando ativamente da gestão da política dos interesses dos cafeicultores e de suas cooperativas.
0 comentário
Falta de chuva no BR faz futuros do café arábica fecharem sessão desta 5ª feira (04) com ganhos de 2%
Preço médio das exportações de café não torrado dispara 46% em novembro/25 frente ao mesmo período do ano passado
Região da Alta Mogiana registra boa florada do café, mas qualidade da próxima safra preocupa os produtores
Baixos estoques pressionam os futuros do café, que trabalhavam com ganhos no início da tarde desta 5ª feira (04)
Conab: Com maior safra de conilon, produção de café é estimada em 56,5 milhões de sacas em 2025
Ministro Fávaro recebe setor cafeeiro para alinhar estratégias de promoção internacional e financiamento da atividade